Para Sempre romance Capítulo 10

Fazia alguns dias que nevava em Oak City, o que tinha deixado a cidade maravilhosa. Nós dois ficamos frente a frente em uma rua estreita e abandonada, a luz fraca dos postes iluminando o contorno do rosto dele. Parecia ter acabado de sair de um conto de fadas quando parou ao me ouvir chamar. Olhou para mim e, depois de um tempo, fez que sim com a cabeça, perguntando: "Onde você mora, menina?".

"Na casa de campo da família Twilight..."

Foi quando me toquei de repente de que Nigel nunca tinha estado lá, então rapidamente disse o endereço. Ele sorriu gentilmente, tirou o cachecol e o colocou em volta de mim. Ainda estava quente por conta de seu calor.

Respirei fundo, ansiosa, e o ouvi dizer: "Vamos. Vou te levar pra casa".

O sorriso de Nigel era mesmo lindo...

Seu rosto parecia uma pintura refinada.

Fui para perto dele e segurei sua mão com obediência. Ele fez uma pausa, mas não me recusou. Em vez disso, segurou-a com força e me levou de volta para casa.

Não dissemos nada no caminho. Ele não deu explicações, e optei por não fazer perguntas. Só quando chegamos, olhei e perguntei com cautela: "Nigel, quer entrar e tomar uma xícara de chá?".

Sorriu mais uma vez e recusou com educação: "Tá tarde, menina".

Estava realmente tarde. Os ombros dele já estavam cobertos por uma fina camada de neve. Aproximei-me na ponta dos pés e os limpei. Então dei o melhor sorriso que pude e disse: "Até próxima".

Ele não respondeu. Percebi de repente que tudo o que aconteceu não passava de uma doce ilusão. Depois de separado, ele se tornaria noivo de Shirley.

Disse que sempre lhe deveu um casamento.

Mas, mais cedo ou mais tarde, eu desapareceria deste mundo.

Então por que eu estava me preocupando com isso?

Escondendo meu desânimo, virei e voltei para a casa.

Corri para o quarto e acendi as luzes. Então, fui até a janela e olhei para o homem lá embaixo. Ainda estava parado do mesmo jeito, ereto e com as mãos nos bolsos.

Pressionei as bochechas contra a janela com gentileza e me despedi suavemente.

Adeus, Nigel Grayson.

Espero nunca mais te ver.

Espero que você alcance tudo o que sempre quis na vida.

Fechei os olhos e, devagar, lágrimas escorreram pelo meu rosto...

Por que estava tão chorona ultimamente?

Dei um sorriso forçado e esperei ele ir embora. Então me virei e fui tomar um banho. Depois disso, tomei alguns analgésicos para conseguir dormir.

Quando acordei de manhã, minha cabeça estava tonta e meu abdômen doía muito.

Ergui o cobertor e vi que os lençóis brancos estavam todos cheios de sangue.

Levantei, indiferente, e os troquei por outros, pretos. Depois, fui tomar banho. Assim que saí, recebi uma ligação de Sunnie.

Disse angustiada: "Aria. Encontrei ele...".

"Quem?", perguntei, confusa.

Sunnie não parava de chorar: "Chace Clair, eu não vi seu corpo com meus próprios olhos naquele ano, então nunca acreditei que tivesse morrido! Mesmo que todos me dissessem isso, eu ainda não conseguia acreditar! Queria ver seu cadáver com meus próprios olhos!".

Continuou soluçando e disse: "Estou procurando por ele há quase oito anos e já estava desistindo. Mas agora... Aria, você sabe como tem sido difícil pra mim?".

Eu sabia que Chace era quem a tinha protegido do acidente.

Perguntei suavemente: "Onde você encontrou ele?".

"Ele tá na casa da avó no campo, mas não vou me atrever a ir lá agora. Ouvi dizer que ele ficou aleijado, então tenho medo... Mas ele ainda não casou."

Não era de se admirar que ela tivesse saído às pressa na noite passada. Sunnie provavelmente queria dizer que não se importava que ele estava debilitado.

Até se atreveria a desejá-lo!

"Se acalme primeiro. A gente visita ele quando você estiver pronta."

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