Para Sempre romance Capítulo 14

Resumo de Capítulo 14: Para Sempre

Resumo do capítulo Capítulo 14 de Para Sempre

Neste capítulo de destaque do romance Bilionários Para Sempre, Flávia apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Nos últimos dias, raramente nevava em Oak City, mas o tempo era de chuva. Quando coloquei o celular ao ouvido, ouvi Nigel reclamar baixinho: "Tá caindo o mundo aqui fora e eu tô encharcado. Não quer abrir a porta pra mim?".

Se eu escutasse com atenção, poderia até detectar um traço de tristeza imperceptível.

Desviei o olhar e perguntei: "O que você tá fazendo aqui?".

"Aria, você esqueceu que eu sou seu namorado agora?"

Então ele ainda se lembrava...

"Achei que você tivesse se arrependido", disse.

"Porque não falei com você esses dias?"

Grunhi, provavelmente soando lamentável.

"Bobinha, eu não falei que tinha que cuidar de uns negócios da empresa? Se não tiver nada de importante nos próximos dois meses, vou estar ao seu lado." Nigel fez uma pausa e disse com uma voz gentil: "Se alguma coisa acontecer, eu te levo comigo".

As palavras dele amoleceram meu coração por ter me chamado de "bobinha". Era um apelido íntimo, e eu pensando que eu seria apenas uma mulher que iria satisfazê-lo na cama.

Bobinha... Falando nisso, eu era oito anos mais nova que ele.

Não tinha nem 23 anos ainda, mas ele já tinha 31.

Tinha apenas vinte anos quando me casei. Sunnie disse que era errado, porque ele era muito mais velho.

"Hum?"

Talvez por ter ficado muito tempo quieta, Nigel pigarreou e me trouxe de volta à realidade.

Chamei-o: "Nigel".

"Oi?"

"Vou abrir a porta pra você."

Desliguei e me levantei, escondendo os analgésicos que tinha no quarto. Então me sentei na frente da penteadeira e passei um pouco de maquiagem, cobrindo as cicatrizes em meu rosto de quando eu tinha caído no chão.

Tinha arranhado a cicatriz violentamente algumas vezes. Estava extravasando a raiva, mas também me lembrando do ferimento que ele tinha me deixado. Pensando bem, não devia ter feito aquilo.

Suspirei, levantei-me e desci para abrir a porta para Nigel.

Enquanto estava parada na porta, ele acariciou minha testa amorosamente. Fiquei em choque. Ele deu um pequeno sorriu e perguntou: "Por que você demorou tanto? Eu tenho que virar uma estátua de gelo pra você ficar satisfeita?".

Respondi com um sorriso falso: "Eu tava no banheiro".

Ele me deu uma olhada e perguntou de repente: "Você passou maquiagem?".

Neguei sem pensar: "Não".

Nigel insistiu: "Você passou maquiagem pra mim?".

Não sabia o que dizer. Depois de muito tempo, falei: "Não".

Nigel tirou o casaco molhado. Sorriu e me disse: "Não vi você de batom quando eu tava lá embaixo. Seu rosto tava pálido. Mas agora você parece melhor".

Não tive escolha a não ser procurar uma desculpa: "Tenho o costume de me maquiar antes de encontrar alguém".

Ele ficou convencido. Ergueu a mão e esfregou minha cabeça com familiaridade. Então, rodopiou ao meu redor para entrar no quarto e disse: "Te conheço faz tempo. Sempre que te vejo, você tá com maquiagem. Acho que nunca te vi sem".

Fiquei de novo sem saber o que dizer. Levantei a mão para esfregar a cabeça e o segui, enquanto explicava gentilmente: "Eu herdei a família Twilight com catorze anos e, além de responsável por ela, me tornei presidente. Naquela época, eu parecia muito nova, então passava maquiagem pra disfarçar. É um hábito que ficou".

Nigel parou no meio do caminho para perguntar: "Você herdou os negócios da família Twilight com catorze anos?".

Ele nunca tinha tentado me conhecer melhor desde que nos casamos, há três anos. Não estava triste nem alegre ao explicar de forma casual: "Meus pais morreram quando eu tinha catorze anos e eu não tinha outros parentes. Todos na empresa estavam contando muito comigo. Então não tive escolha a não ser largar a escola e virar a presidente da empresa da família Twilight".

Nigel ficou de queixo caído por bastante tempo. Por fim, perguntou: "E depois? Você continuou os estudos?".

Se estava me fazendo aquela pergunta era porque realmente não tinha me reconhecido...

Porque me perguntou naquela época: "Menina, por que você tá sempre me seguindo?".

Naquela noite, fiquei nervosa e disse com timidez: "Porque... eu gosto de você".

"Você é muito nova ainda, menina. Não sabe direito o que é gostar de alguém."

Perguntei, com esperança: "Você espera eu crescer, então?".

Ele sorriu, nem concordando nem discordando. Mas depois daquilo, não o vi em lugar nenhum. Ouvi os alunos na aula seguinte dizendo que ele era só um professor voluntário e que ia ensinar aqui apenas por alguns meses.

Ontem era seu último dia.

Acontece que eu tinha dito algo sobre gostar dele.

Se não fosse pelo fato de ter data marcada para partir, eu teria pensado que foi embora porque estava se escondendo de mim.

Mas aos olhos dele, eu era apenas uma estudante comum.

Não havia necessidade de se esconder de mim.

Quando pensei que Nigel não sabia que eu era aquela menina, fiquei com um pouco de raiva. Tinha me iludido demais, pensando que ele estava tocando "Where the Wind Lives" e me chamando de menina porque se lembrava de mim.

Mas o Nigel daquela noite era exatamente o mesmo de minha memória.

Encarei-o com os olhos vermelhos e disse com um sorriso autodepreciativo: "Você não conhece ele. Era um homem de quem eu gostava quando era mais nova. Naquela época, eu era tão nova que ele nem acreditou quando eu disse que gostava dele".

De repente, Nigel começou a me dar beijinhos no rosto e, inquieto, colocou as mãos por dentro de minhas roupas. Gentilmente correspondi, esquecendo por completo que tinha dito algo sobre recusar sexo. Quando as coisas estavam esquentando, ele recuou e me abraçou. Arfei de leve.

"E agora? Você me ama?"

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