Resumo de Capítulo 22 – Capítulo essencial de Para Sempre por Flávia
O capítulo Capítulo 22 é um dos momentos mais intensos da obra Para Sempre, escrita por Flávia. Com elementos marcantes do gênero Bilionários, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Desliguei de pressa e escondi os analgésicos no quarto. Então, coloquei roupas limpas e gastei uns minutos para passar maquiagem. Enquanto fazia isso, não atendi à ligação de Nigel. Sabia que isso não o impediria, porque pouco tempo atrás conhecia a senha da casa.
Um, dois, dois, sete... Significava 27 de dezembro.
Foi o que disse a ele no dia em que ficamos juntos.
Naquela época, franziu as sobrancelhas e perguntou: "Por que essa senha?".
Disfarcei: "É só um número aleatório".
Quando ainda estava passando maquiagem, ouvi uma batida na porta do quarto. Soltei o batom e o deixei entrar. Nigel estava diferente em relação a antes. Vestia uma camisa branca simples.
Perguntei, confusa: "Por que você tá usando roupas tão finas?".
Ao ouvir isso, sorriu e disse: "Tá preocupada comigo?".
Olhei-o de soslaio, mas de repente ele me puxou para seus braços. Seus lábios tocaram minhas bochechas suavemente, e disse: "Eu tava pensado em quem eu realmente amo...".
Suavemente, indaguei: "Pensou bem?".
"Sim, a pessoa que eu amo é a mulher que antes eu odiava."
Disse que me amava bem quando eu estava para morrer.
Havia um sentimento desconhecido de pesar em meu coração.
Nada de alegria, apenas pesar.
Perguntei ligeiramente: "É mesmo?".
A expressão dele mudou, talvez por minha resposta calma. Segurou-me com força em seus braços como se quisesse sentir o calor de meu corpo e confirmar minha existência. Eu não conseguia ouvir nada direito por causa da dor no abdômen. Levei muito tempo para reagir ao que ele disse.
"Aria, você tá disposta a me dar uma chance?"
Murmurei: "Que chance?"
"De ser a Sra. Grayson, e nós nos casarmos de novo."
"Hum?", perguntei, atordoada.
Repetiu com firmeza: "De ser a Sra. Grayson, e nós nos casarmos de novo".
"Por que você acha que eu daria?"
Deu um beijinho em meus olhos e sussurrou com delicadeza: "Me dê outra chance. Não precisa se preocupar, vou dar um jeito na Shirley e... não tem nada entre mim e ela".
Nada... Nunca tinham dormido juntos?
Mas o que isso tinha a ver comigo?
Fechei os olhos e disse: "Quero ir dormir".
Nigel estava pasmo. Depois de muito tempo, soltou-me.
Assim que a porta fechou, desabei no chão.
Com suor frio por todo o corpo, fui logo tomar um banho. Descobri que estava sangrando de novo e a banheira logo ficou tingida de vermelho. Não sabia como, mas desmaiei depois disso. Quando acordei no dia seguinte, a água estava congelando. Levantei-me com dificuldade e me deitei na cama, exausta.
Realmente não tinha muito tempo sobrando.
Já podia sentir.
Fiquei deitada na cama sem pensar por alguns dias, sem nem mesmo ter energia para preparar uma refeição. Pão foi meu único alimento, e Sean tinha que me ligar diariamente para se certificar de que eu ainda estava viva.
Cerca de uma semana depois, Nigel veio me ver mais uma vez.
Ficou parado na porta do quarto e disse: "Tudo tá resolvido".
Não abri, por isso não pude ver a expectativa em seu rosto.
Mesmo assim, perguntei com um sorriso: "E aí?".
"Aria, vamos voltar."
Estava prestes a rejeitá-lo quando, de repente, recebeu uma ligação e saiu.
"Tudo bem. Tenha uma vida feliz com ela."
Três dias atrás, ele saiu correndo por causa da tentativa de suicídio de Shirley.
Não era segredo, estava em todos os jornais.
Ela provavelmente estava o ameaçando para que ficasse com ela.
O que fosse que acontecesse, já não importava mais.
"Aria, me desculpe."
Aria...
Foi a primeira vez que Nigel me chamou de "Aria" daquela maneira.
"Tudo bem. Ela te ama muito. Desejo um bom casamento."
Ficou quieto, mas não desligou. Coloquei o celular na cama e olhei para a paisagem lá fora: o quintal estava decorado com plátanos, e tinha voltado a nevar em Oak City.
No dia seguinte, seria março, e também meu 23º aniversário.
Ainda faltavam três dias para o casamento de Nigel.
Depois que desligou, tirei minhas roupas e coloquei um vestido branco simples que estava guardado. Encontrei a mesma presilha de cabelo branca que usei quando ele me chamou de "menina" pela primeira vez. Também a coloquei.
Troquei os lençóis e me deitei em silêncio na cama, olhando para a paisagem pela janela. Os flocos de neve pareciam solitários ao serem manipulados pelo vento frio. Pensei em algo e inconscientemente toquei minha bochecha.
Não estava usando maquiagem.
Sorri e fechei os olhos devagar. Achei que tinha ouvido alguém me chamando de "menina".
A pessoa sorriu calorosamente e disse: "Menina, por que você tá sempre me seguindo?".
"Porque... eu gosto de você."
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