Para Sempre romance Capítulo 33

Desamparada, encontrei o olhar gentil do homem. No entanto, podia ver sua frieza se me aproximasse mais.

Nigel tinha razão. Ambos eram indiferentes e distantes.

Respondi com calma: "Eu tava pegando alguma coisa pra comer".

Louisa sorriu: "Se eu soubesse antes, poderíamos ter comido juntas".

Franzi os lábios e expliquei: "Acabei de resolver uns problemas na empresa, não rejeitei seu convite de propósito".

Na verdade, rejeitei. Era muito estranho encontrá-lo agora. Não queria ter feito isso, mas simplesmente não sabia como encarar Leo.

Nesse instante, Louisa de repente deu um puxão em meu braço, fazendo-me um elogio: "Aria, você tá tão bonita. Sua maquiagem te faz parecer uma adolescente. Quantos anos você tem?".

Quando enalteceu minha beleza, não pude deixar de espiar Leo com o canto dos olhos. Seu olhar gentil estava sobre mim quando disse: "Louisa, a Srta. Twilight nasceu em 1996".

Sabia até mesmo o ano em que nasci. Pensar nisso me deixou agitada.

Louisa perguntou em estado de choque: "1996? Então ela é mais nova que eu?".

Sorri para ela, que franziu os lábios e perguntou: "Então devo te chamar de presidente Twilight?".

Não era necessário. Afinal, eu tinha sido cunhada dela.

Depois de pensar um pouco, disse honestamente: "Não precisa, eu era sua cunhada".

A expressão de Leo não se alterou ao ouvir a palavra "cunhada".

Disfarcei minha decepção e disse: "Sou ex-esposa do seu irmão Nigel".

Louisa ficou tão chocada que soltou minha mão.

Sorri com educação e me desculpei: "Tenho que ir. Da próxima vez, pago um jantar pra vocês dois".

Virei-me e saí do restaurante. Olhei para os flocos de neve que caíam, meu coração cheio de tristeza. Depois de um tempo, dirigi-me ao estacionamento, os sapatos afundando na rua coberta de neve. Os flocos só conseguiram enfeitar um pouco meu cabelo antes de um guarda-chuva preto me proteger deles.

Virei, surpresa, e perguntei: "Por que você saiu comigo?".

Leo disse com uma voz grossa: "Vou te levar pra casa".

Cerrei os punhos com força: "Eu vim dirigindo".

Ele insistiu: "Te levo até o estacionamento".

Não sabia o que dizer.

O estacionamento ficava a apenas vinte metros dali.

Fiquei parada, olhando para ele. Leo parecia gostar de usar casacos na altura dos joelhos. O que vestia agora, azul-escuro, deixava-o particularmente bonito. Os traços de seu rosto eram tão delicados quanto os de Nigel. Ao pensar nisso, ri de mim mesma. Eles sempre foram idênticos.

Na verdade, ainda havia uma diferença. Leo não pensava muito em dinheiro e sucesso. Era um pianista que, muitas vezes, viajava ao redor do mundo para se apresentar. Era calmo e não tinha sido corrompido.

Podia sentir sua maturidade.

Virei-me e fui para o estacionamento.

A neve caiu ao meu redor e ouvi seus passos firmes atrás de mim. Chegamos logo, e, vendo meu carro, ele sorriu e disse: "Nove anos atrás, você era só uma menina comum".

Respondi rapidamente: "Sim, a menina que só gostava de você".

Naquela época, meus pais tinham acabado de falecer, então me ocupei inteiramente dele.

Ele foi o único motivo para eu continuar viva.

Fui egoísta ao tratá-lo com dependência emocional.

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