Para Sempre romance Capítulo 35

Rapidamente me levantei, coloquei meu pijama e fiquei ao lado da cama, olhando para o homem despreocupado. Nigel era o único que podia ser tão desinibido.

Leo nunca faria isso.

Ergueu as sobrancelhas e questionou: "Não vai me dá as boas-vindas?".

Seu tom era de como nada estivesse errado.

Suprimi o descontentamento e suspirei com tristeza. Então, perguntei: "Você não tinha se esquecido de mim? Por que ainda lembra a senha da minha casa?".

Nigel se levantou casualmente. Deu um passo em minha direção, mas recuei e o impedi: "Se você tem alguma coisa pra falar, é só falar".

Ficou quieto e disse: "Guardo números com muita facilidade. É impossível me esquecer deles depois que entram na minha cabeça. Além disso, só me esqueci de você, não da senha da sua casa... O número 1227 aparentemente é o aniversário do Leo".

Mencionou o nome do irmão com tranquilidade, e fiquei um pouco chateada com isso: "Pare de chutar. Não tem nada a ver com o Leo".

Ergueu as sobrancelhas e repetiu minhas palavras: "Nada a ver com ele?".

Perguntei, calma: "Então o que acha?".

O rosto de Nigel estava sombrio. Deu um passo à frente e agarrou meu pulso, jurando em um tom frio: "Eu não me importo se vocês dois tiveram alguma coisa, nem o que aconteceu antes. A partir de agora, você, Aria Twilight, só pode ser minha. Ninguém pode te tirar de mim".

"Era só o que me faltava", zombei: "Você não tá sendo muito prepotente? Nigel, colocando de lado o fato de que a gente se separou, e mesmo que a gente não tivesse, isso não tem nada a ver com você. Por que você não vai atrás da Shirley pra controlar ela?".

Assim que terminei, ele pressionou seus lábios ferozmente contra os meus.

A iluminação do quarto estava muito fraca, e ele me prendeu entre a parede e um lugar duro. Todas as palavras que queria dizer se transformaram em sons abafados.

Foi só nesse momento que percebi a diferença entre a força de um homem e a de uma mulher. Nigel poderia me levantar sem qualquer dificuldade.

Eu estava ofegante, e seus lábios roçaram suavemente em minhas bochechas. Depois de um longo período tempo, ele disse em uma voz profunda: "Eu te amo mesmo".

Era a primeira vez que o ouvia dizer que me amava desde que voltei para Oak City.

"Você não se esqueceu de mim?", perguntei com um sorrisinho.

Senti sua respiração em minha bochecha e fiquei com um pouco de incômodo. Nigel mordeu meus lábios e sussurrou: "Sim, eu tinha esquecido, mas acho que te amo muito. Não consigo não vir correndo pra cá. Aria, eu tô sempre morrendo de vontade de te ver".

"Não faz sentido assim."

O corpo de Nigel congelou de repente. Levantei a cabeça e mordisquei sua orelha, sussurrando em seu ouvido: "Todo mundo acha que você não me lembre, mas ainda te conheço melhor que qualquer um".

Lambi o contorno de seu rosto e disse: "Nigel, você sempre gostou de dar um jeitinho nas coisas. Ficou com medo de que eu não te perdoasse, então mentiu para todo mundo dizendo que perdeu a memória. E queria que eu acreditasse nisso! Eu acreditei e até tive certeza disso. Mas o Nigel que eu conheço não fala sobre amor com tanta facilidade. Me diga, por que você tá assim agora?".

Estava apenas o testando com essas palavras...

Achava que ele estava fingindo.

Ele ficou quieto. Levantou a cabeça e me deu um olhar ardente. Não se defendeu, apenas perguntou com frieza: "Aria Twilight, você realmente quer ele?".

Estava se referindo a Leo.

"Que pergunta é essa?"

Não estava falando disso, mas ele desviou do assunto.

"O Leo não é bom pra você."

Disse isso de repente e se levantou. Não negou fingir estar com amnésia, mas também não admitiu. Apenas fez de conta que não ouviu nada.

Levantei e arrumei minhas roupas. "Não tem nada a ver com você", falei.

Ao ouvir isso, Nigel perguntou de repente, em tom de ameaça: "Aria, você acha mesmo que não precisa ter medo de nada?".

Perguntei, surpresa: "O que você quer dizer?".

Apertou os lábios com força e não respondeu.

Não o tinha entendido, mas sabia o que esse homem fazia de melhor: ameaçar. Perguntei: "O que você vai fazer?".

De repente, abaixou-se e olhou bem para mim, seus dedos acariciando minha bochecha com delicadeza. Disse suavemente: "Eu não queria criar problemas, mas se eu não fizer isso, você vai achar que eu sou um zé ninguém. Aria, ainda temos um longo futuro pela frente. Espero que não estejamos sempre errados".

"O que diabos você tá aprontando?", perguntei, tensa.

Ele riu, caçoando: "O que você acha?".

Fiquei sem palavras.

Saiu depois disso.

Deixou uma ameaça antes de ir embora.

Eu não sabia o que ele iria fazer.

Mas provavelmente não me deixaria escapar tão facilmente.

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