Para Sempre romance Capítulo 68

A namorada de Willard disse que a polícia invadiu a casa deles abruptamente e o levou embora. Ela não sabia exatamente o que tinha acontecido, mas de repente pensei no cara chamado Chuck de ontem a noite.

Ele tinha ódio de Willard. Ontem, ele me disse com muita força que queria matá-lo. Tinha certeza de que alguma coisa terrível aconteceu entre eles no passado.

Depois de desligar o celular, fui ver que horas são. Era uma hora da tarde e eu estava sem carro. Se pedisse ao meu assistente para me buscar, estaria na cidade por volta de cinco em ponto.

Nigel só voltaria para casa por volta das sete da noite. Definitivamente levaria algum tempo para lidar com toda essa situação, então certamente não haveria tempo para voltar a casa de campo antes.

Se Nigel descobrisse que eu fugi de novo, com certeza ficaria com raiva de mim. Para ser sincera, pretendia passar o dia todo dormindo num tempo desses, mas o Willard...

Eu ainda tinha que ajudá-lo.

Suspirei e mandei uma mensagem ao meu assistente.

Deitei na cama por um tempo antes de resolver me levantar para me arrumar. O assistente ainda não havia chegado quando terminei.

Estava faminta porque comi muito pouco ontem a noite. Por isso, fui à cozinha preparar um macarrão para mim enquanto dava tempo. Logo quando comecei a comer, o gato malhado laranja dos vizinhos entrou na casa junto com o gato branco.

Ele se agachou na porta e ficou olhando e miando para mim ansiosamente.

Seus miados soavam muito desagradáveis e ásperos.

Como um homem de meia-idade resmungando.

Depois de terminar de comer o macarrão e limpar a cozinha, fui até a porta e acenei para o gato laranja. Eu o chamei, "Pode vir."

Quando ele me viu acenando, rapidamente se levantou e correu até mim. Levei os dois para o lago no quintal.

O lago estava cheio de peixes, a maioria eram carpas. Peguei dois peixes com uma rede de pesca por perto e ofereci aos dois gatos. Eles imediatamente pegaram o peixe e correram para a casa ao lado da nossa.

A casa ficava apenas há poucos metros daqui. Guardei a rede e voltei para a sala para mandar uma mensagem para o meu assistente: "Falta muito para você chegar?"

O assistente respondeu: "Só mais uns cinco minutos."

Guardei meu telefone e entrei no quarto, mexendo em minhas roupas. Escolhi um longo casaco de pele preto que normalmente era só para funerais e me cobri com ele.

Fiquei sentada no sofá pacientemente esperando que meu assistente viesse me buscar. Nesse meio tempo, pensei se contava para Nigel ou não. Depois de pensar um pouco, decidi ir primeiro para a cidade e só então contar para ele.

Já eram três da tarde quando meu assistente chegou. Ele foi correndo até a casa de campo com um guarda-chuva e gritou, "Presidente Twilight."

Entrei no carro com ele. Então, ele fez questão de dirigir bem devagar na descida da montanha. Já eram seis horas da tarde quando finalmente chegamos na cidade.

Antes de descer do carro, mandei uma mensagem para Nigel.

"Tive que sair por um tempo. Vou voltar para a mansão Twilight mais tarde."

Havia muito caminho para voltar para a casa de campo, então isso me levaria muito tempo.

Sua resposta foi um simples, "Hmm?"

Com essa mensagem ele quis dizer que queria saber onde eu estava naquele momento.

Pensei por um tempo e disse: "Lany Town".

Ele apenas visualizou minha mensagem, então não tive certeza se ele estava com raiva. Guardei meu celular e fui até a delegacia com meu assistente.

Os policiais me reconheceram imediatamente. Quando perguntei a um deles sobre o caso, eles explicaram gentilmente: "Chuck acordou ao meio-dia e acusou Willard de ter acertado a sua... virilidade."

Oh, então era isso. Não admira que Chuck estivesse tão zangado! Ninguém em sã consciência iria perdoar alguém por isso!

Perguntei à polícia: "E onde é que o Willard está?"

O policial me levou para a sala de interrogatório quando ele foi preso. Entrei e me sentei em frente a ele, perguntando seriamente: "Sua namorada disse que você tem vários antecedentes criminais. Mas o que é que você tem feito nesses anos?"

"Não é da sua conta."

Ele era muito desagradável.

Não perguntei se ele queria sair dali, só porque eu conhecia seu senso de justiça. Ele preferiria manter seu orgulho do que comprometer essa honra. Suspirei e disse: "Entendo. Você nunca quis viver sua vida da maneira certa, você..."

Era hora de ele encontrar alguém e se acalmar dessa vida.

Ele perdeu a paciência e disse: "E o que é que a minha vida tem haver contigo? Só rala para onde você veio e me deixe em paz."

Eu não soube o que dizer.

Não estava tentando me meter em sua vida e decisões ou dizendo que ele teve uma vida ruim.

Só senti que ele deveria se estabelecer e ficar em paz.

Não queria discutir mais ainda com ele sobre isso, então me levantei e fui embora, pedindo ao meu assistente que resolvesse o caso dele. Esperei mais ou menos meia hora antes de ele ser libertado.

Cheguei perto dele com um guarda-chuva e disse, "Deixa que eu te levo para casa."

Ele não recusou, mas não falamos nenhuma palavra no carro. Quando saímos do carro, pedi ao meu assistente que esperasse por mim lá dentro.

Há algumas coisas que ainda quero esclarecer com ele.

Caminhamos lado a lado na chuva. Como ele era muito alto, tive que andar na ponta dos pés para evitar que a chuva o pegasse.

Ele zombou e assumiu o guarda-chuva, segurando-o acima de nós dois. Ele fez uma careta, "Por que você foi me ajudar?"

Willard deve ter pensado que eu estava sendo intrometida por ter o salvado.

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