Resumo de Capítulo 69 – Para Sempre por Flávia
Em Capítulo 69, um capítulo marcante do aclamado romance de Bilionários Para Sempre, escrito por Flávia, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Para Sempre.
Voltei para o meu carro sem animação. Nunca pensei que meus pais tratariam Quincy desse jeito. Seu rim foi tomado a força e depois ela foi abandonada.
E na verdade, ela era só uma garotinha.
Só uma garotinha com quase a minha idade.
Ainda assim, tivemos destinos diferentes por causa de nossas famílias.
Meu assistente percebeu meu desânimo, então ele foi embora e me perguntou baixinho: "Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?"
Eu balancei minha cabeça e disse: "Estou bem."
Comecei a me lembrar do medo que tive quando vi a mulher de Willard, que se parecia tanto com Quincy, parada na porta com um vestido floral estampado.
E eu não sei o motivo pelo qual estava com tanto medo.
Provavelmente por causa de minha culpa.
Perguntei para Willard se ela era Quincy.
Ele negou: "Quincy está fora do país."
A mulher que se parecia com Quincy não era ela de jeito nenhum. Essa mulher era apenas sua namorada ao invés dela...
Imediatamente entendi que Willard sempre gostou de Quincy. Esse foi o motivo pelo qual ele deixou a família.
Por causa desse amor que ele encontrou uma mulher tão parecida para ser sua namorada. Parei por um momento e perguntei: "Pretende procurar por Quincy algum momento?"
Willard balançou a cabeça e respondeu: "Sem chance."
Não ousei perguntar o por quê ele não queria procurar Quincy. Porém, claramente sabia que ele jamais iria perdoar a família Twilight por isso.
Meu assistente me perguntou: "Quer voltar para Oak City agora?"
Louisa ainda estava no hospital da cidade, então pedi ao meu assistente que levasse lá. Quando cheguei, pedi a ele que ficasse me esperando na entrada.
Me cobri com meu casaco e entrei no elevador. Quando cheguei ao quarto andar, havia uma pessoa magra parada do lado de fora do elevador.
Era Leo, e ele estava parado fora da ala de Louisa.
Ele parecia indeciso entre entrar na ala ou não.
Quando estava prestes a cumprimentá-lo, ele resolveu abrir a porta e entrou. Cheguei mais perto só para ouvir Louisa o cumprimentar com bastante surpresa.
"Como você está?"
Sua voz era gentil mas ligeiramente indiferente.
Louisa respondeu obedientemente: "O médico disse que não é muito sério. Só dói um pouco, mas agora que você está aqui, me sinto melhor na hora."
Leo disse de repente: "Ela me pediu para vir."
Fique atordoada por um tempo, até perceber que ele estava falando de mim.
Não esperava que Leo fosse tão direto.
Será que eu fiz certo ao ligar para ele?
Ela perguntou desanimada, "Aria? Foi ela?"
"Você sabe que eu não me preocupo com ninguém além dela."
As palavras de Leo foram extremamente duras.
Ele explicou calmamente: "Não quero que ela fique decepcionada comigo, nem um pouco. Sabe o que quero dizer, já que deixei tudo muito claro para você."
"Eu sei, você está evitando falar comigo."
Dava para ouvir a tristeza na voz de Louisa enquanto ela hesitava para perguntar a Leo: "Irmão, você gosta mesmo dela?"
Ela foi muito direta. Sabia que eu não deveria estar ali escutando a conversa deles.
Além do mais, não queria saber a resposta.
Corri para fora do corredor e olhei para o céu azul claro lá fora. A chuva clareou as nuvens na mesma medida que consegui esclarecer minhas preocupações. Decidi continuar investigando o caso de Quincy assim que voltasse para Oak City, para saber onde ela está.
Não demorou muito para que Leo saísse da enfermaria. Quando ele me viu lá fora, ele não pareceu demonstrar surpresa.
Ele parecia calmo demais em relação a tudo que aconteceu.
Sorri e expliquei: "Acabei de voltar da delegacia depois de tratar de algumas coisas que aconteceram. Quero voltar para Oak City, mas achei que visitar a Louisa no caminho seria uma boa ideia."
Leo acenou com a cabeça, "Vá em frente."
Seu tom era muito calmo e quase um tanto indiferente.
Como se ele não tivesse dito nada e nada tivesse acontecido agora há pouco.
Ainda estava incomodada com o que ouvi quando entrei na enfermaria. Louisa ficou chocada ao me ver e gritou: "Aria, você veio!"
Eu ri, "Acabei de ver o Leo lá fora."
Tive medo de que ela entendesse mal minha chegada e a expliquei deliberadamente: "Voltei da delegacia agora há pouco e passei para ver como você está".
Louisa pareceu entender minha intenção. Ela me agradeceu e disse com gratidão: "Ele não teria vindo me ver, se não fosse por sua causa."
Porém, isso serviu para quê? De qualquer maneira.
Ela teve que se sentar aqui e ouvir Leo pisar sobre seus sentimentos mais uma vez.
Me arrependi de fazer aquela ligação e pedir isto.
Sentei ao lado de Louisa e perguntei como ela está. Ela disse com otimismo e animação, "Me sinto bem melhor agora e provavelmente vou voltar para Oak City em alguns dias. Pretendo seguir o caminho de Nigel e focar nos negócios. Eu tenho responsabilidades como uma Grayson, afinal."
Sim, Louisa era, afinal, membro da família Grayson.
Segurei sua mão com força e murmurei: "Me desculpa."
Lamentei por ter ligado para ele por impulso.
"Por que está se desculpando? Se não fosse por mim naquela época, você e o Leo... Você não me culpou por isso, então não deveria se desculpar agora... Eu é que deveria me desculpar."
Todo mundo era egoísta no amor.
Eu a perdoei, porque ela arriscou sua vida para me salvar.
"Nesse caso, vamos perdoar uma a outra."
Perguntei a ela com curiosidade: "Por que me seguiu ontem à noite?"
Louisa estalou os lábios e explicou: "Fiquei muito comovida pelo que você me disse ontem. Você esteve pensando em mim, mas eu foi tão egoísta... Queria te encontrar e contar a verdade sobre tudo, mas te vi entrando naquela rua perigosa. Me preocupei de que alguma coisa poderia acontecer, então resolvi te seguir e ficar olhando de longe."
"Obrigada, Louisa."
......
Olhei para o piano e disse: "Não precisamos beber café de graça. Só olha para esse lugar, o design é lindo, e o piano ali é da Alemanha. Só pense nisso, quanto tempo e dinheiro levaria para alguém abrir uma loja de café desse tipo e ainda assim poder comprar um piano caro desses? Com certeza o dono é rico, e provavelmente tem um profissional escondido na plateia. Assim que ele ver um oponente digno, ele vai aparecer para desafiar."
Leo perguntou afetuosamente: "Então está com medo do quê?"
Eu olhei para ele e fiz uma careta, "Hmm? O que você quer dizer com isso?"
"Você me tem no time."
De repente, percebi que a pessoa sentada à minha frente era um profissional no piano. Sem dúvidas eu iria desfrutar um café gratuito hoje.
Mas, ele me pediu para tocar primeiro.
Hesitei porque nunca toquei piano na frente dele. Comparada a ele, eu era só uma amadora..... Me senti como se fosse 9 anos atrás novamente, eu era só uma estudante novata enquanto ele já era um professor especializado no piano.
Leo me encorajou e disse: "Toque por mim."
Eu ainda estava hesitante. Naquele momento, o homem no palco já havia terminado. O garçom olhou em volta e perguntou: "Mais alguém quer tocar? Se não, o vencedor é..."
Leo o interrompeu e fez um gesto com a mão: "Temos uma desafiante aqui."
E então, ele me empurrou para o palco.
Sem outra escolha, tive que entrar no palco. No caminho, passei por um homem vestido com um terno formal e não pude deixar de dar uma segunda olhada.
Ele parecia arrumado até demais.
Estava de terno e gravata, afinal de contas.
Do tipo que seria usado em grandes festas e apresentações.
Tinha certeza de quem ele era e porque estava aqui.
Sentei em frente ao piano e fiquei um tanto nervosa. Olhei para Leo inquieta, ele então sorriu docilmente para mim.
Louisa disse que ele era um homem extremamente indiferente.
Mas mesmo assim, ele estava sempre sorrindo quando estava comigo.
Como se ele tivesse guardado toda a sua gentileza e delicadeza só para mim.
Não sabia que música tocar, e só sabia tocar de cor uma única música - Where the Wind Lives. Porém, não queria tocá-la novamente depois de saber do caso de Quincy e minha mãe.
Mas, essa era a única coisa que Leo e eu tínhamos em comum.
Ele havia tocado essa música para mim tanta vezes. Desta vez, eu retribuiria o favor a ele. Depois disso, não haveria mais nenhuma dívida entre a gente.
Com isso, comecei a tocar. A melodia familiar começou a sair conforme fechei meus olhos e deixei a música fluir. Nem mesmo precisei olhar para as teclas, meus dedos já haviam memorizado a música por conta própria.
Assim que a música terminou, olhei para cima e encontrei o olhar de Leo.
Foi um olhar rápido, mas cheio de lembranças.
Tinha um segredo, um segredo que nunca contei para ninguém.
Eu amei Leo por nove anos.
Eu sempre corria atrás de Leo quando era mais nova.
Porém, me tornei a esposa de seu irmão.
Nosso destino chegou ao fim há nove anos.
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