Para Sempre romance Capítulo 7

Sonhei que estava na casa de campo da família Twilight. Meus pais e Nigel estavam lá, discutindo minha festa de 23 anos.

Fiquei ao lado do sofá e ouvi a voz amigável de Nigel: "A Aria gosta de vermelho, vamos usar rosas pra decorar. Eu toco piano nesse dia."

Ele era gentil e carinhoso. O sol do lado de fora da janela brilhou sobre ele e o banhou com uma luz dourada. Tentei tocá-lo, mas meus dedos o atravessaram. No ar, gritei seu nome em pânico, mas ele não me respondeu. Comecei a chorar amargamente, mas do nada fui transportada para um mundo onde tudo era branco.

Abri meus olhos e vi que estava deitada na enfermaria. Ainda estava usando o vestido brilhante de antes, e Nigel estava parado ao meu lado com frieza.

Provavelmente era por causa de sua doçura no sonho que eu não conseguia mais lidar com sua indiferença. Fechei os olhos e perguntei devagar: "O que acabou de acontecer?"

Nigel abaixou o olhar e não respondeu. O presidente Grayson abriu a porta de repente e entrou. Lançou um olhar para o filho e disse com raiva: "Você caiu no chão e seu rosto tava sangrando até agora há pouco. Me deu um susto. Se não fosse por aquela mulher, nada disso teria acontecido. Aria, você tem acostumado o Nigel muito mal. Ele é seu marido, você tem o direito de dar um jeito nele!"

Marido...

Eu me lembrei do divórcio.

Olhei para Nigel. Sua expressão ainda estava gélida, como se não se importasse com o que o pai dizia. Sorri e disse: "Pai, acabamos de nos divorciar."

Ao ouvir isso, as pupilas de Nigel se encolheram. O presidente Grayson também ficou surpreso, talvez por eu tê-lo informado sobre isso de manhã. Reagiu de forma rápida e falou: "A gente conversou sobre isso de tarde. Por que tão rápido?"

Franzi os lábios e argumentei: "Rápido? Faz três anos que o Nigel quer esse divórcio, não ia ser bom pra ninguém se eu continuasse levando isso pra frente. Aliás, eu não sei administrar uma empresa, então a da família Twilight iria desmoronar nas minhas mãos mais cedo ou mais tarde. Vou deixar ela pra vocês. Não tenho nenhuma objeção, nem se vocês quiserem juntar ela com a da família Grayson. "

Ele suspirou: "Você tá desistindo completamente de tudo..."

Aguentei a dor no abdômen, levantei e saí do hospital. Nigel caminhou ao meu lado. Estava prestes a ir embora com meu próprio carro quando ele parou o Maserati bem na minha frente.

Ergui as sobrancelhas: "O que você tá fazendo?"

"Entra no carro, eu te levo pra casa."

Nigel nunca me deixou entrar no carro dele. Agora que estávamos divorciados, fazia ainda menos sentido. Lembrei com calma: "Não, meu carro tá aqui. Não posso deixar ele aqui, não é? Nigel, vamos nos separar em paz. É melhor você continuar me tratando como uma estranha."

O carro passou rugindo. Depois que ele se foi por completo, voltei para casa. Quase que por instinto, fui para o banheiro tomar um banho quente. Em menos de dez minutos, a água da banheira já estava vermelha.

Câncer cervical... As chances de sangramento vaginal eram altas.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Para Sempre