Pequena Flor romance Capítulo 38

Savannah corou quando ouviu Emmanuel. Ele estava sendo direto demais!

"Então... Por que você não contrata uma mulher de meia-idade?" Sugeriu.

"Estou acostumado com as pessoas ao meu redor, já conheço o time inteiro, não tenho vontade de mais alguém novo." Disse.

"Bom... Do seu jeito então, Emmanuel.." Deu de ombros inocentemente. O que mais poderia dizer?

Naquele momento, Francisco chegou para anunciar o almoço.

"Emmanuel, vamos comer. Estou com fome também."

"Veio aqui pela comida de graça, é?"

"Aham, claro! Posso comer?"

"Diga ao Francisco o que você gosta, para ele pedir na próxima vez."

Emmanuel disse suavemente, com ternura na voz.

Savannah não se conteve e disse logo ao assistente tudo que preferia. Assim, a cozinha exclusiva de Emmanuel virou parte dela também.

Enquanto almoçavam, Savannah quebrou a cabeça para convencê-lo a não participar daquela hora feliz com os outros presidentes. Beber demais era ruim para a saúde, especialmente para um homem doente.

Ela estava com medo de que ele não a ouvisse e a odiasse por isso.

"Emmanuel, beber é um hábito terrível, e ficar acordado até tarde vai reduzir sua expectativa de vida, além do stress de trabalhar demais e..." Ela não parou de explicar.

"Você está louca para me ver no caixão, não é?" Emmanuel quase desmaiou com tantos sermões!

"Não, por que eu estaria? Só não acho uma boa ideia você sair esta noite. Vá com calma e deixe o trabalho de lado quando for possível. Pare de se esforçar tanto! Quando estiver doente, vá para casa e descanse. É o melhor para você."

"Bem, você está certa. Tudo bem, vou tirar o dia de licença, vamos para casa depois do almoço."

Savannah estava sem palavras.

Isto a intrigou.

Ela acabou de convencer mesmo aquele chefão? Uau, não esperava que fosse dar certo.

Que surpresa agradável!

Depois de terminar o almoço, ela entrou no carro e queria garantir que Emmanuel voltasse em segurança para sua mansão.

Inesperadamente, ele caiu no sono dentro do carro, assim Francisco só fechou a divisória e dirigiu.

A princípio, ela queria ir embora depois disso, mas Francisco a impediu.

"Como pode ver, ele só contratou homens na mansão. E não acho que eles cuidariam tão bem do sr. Ferguson quanto uma mulher. Enquanto eu tenho que voltar para a empresa para cobrir o turno dele, não vou ficar calmo sem alguém cuidando bem dele. Então... Poderia tomar conta do sr. Ferguson? Assim que o dr. Addy terminar a cirurgia, ele deve vir esta noite, mas não sei bem que horas. Pode cuidar dele até que o dr. Addy chegue?"

"Claro, tio Emmanuel é sempre tão legal comigo, é o mínimo que eu posso fazer." Ela disse com firmeza. Tinham muitas pessoas na casa que poderiam ver o quanto ela está cuidando dele.

Além disso, Joshua não se importava com ela. Ela não teve medo porque não o traiu.

Depois que Francisco saiu, ela foi correndo para a mansão.

Não era a primeira vez dela lá, mas era tão tarde da noite e muita coisa aconteceu desde a última vez. Na última vez, ela não via a hora de ir embora, então não teve tempo de reparar no local.

A mansão tinha quatro andares. O quarto andar era um jardim e tinha até uma pista para correr. Dava para correr bem lá, e ainda aproveitar o cenário.

Havia um enorme gramado no jardim de fora que poderia ser um campo de golfe, junto com uma piscina gigantesca!

Os jardineiros, faxineiros e funcionários da cozinha eram todos homens.

Ela estava olhando para eles e todos retribuíam o olhar curiosamente. Já faziam anos desde que uma mulher jovem entrou na mansão.

A única exceção era a mãe de Joshua, que também era cunhada de Emmanuel. Ela se preocupava com Emmanuel e costumava visitá-lo constantemente. Fora ela, quase nenhuma outra mulher.

Até mesmo o correio e os pássaros todo dia da mansão eram machos!

O sr. Ferguson parecia ser um repelente de mulheres, mesmo no reino animal!

"Aquela é a mesma garota da última vez?" Um criado perguntou.

"Eu... Acho que sim? Será que é um garoto afeminado?" Outro estava cético.

"Ela veio para cá já duas vezes neste mês. Oh Deus, quais as chances disso rolar?"

"Senhora, por favor, sente-se. O que gosta de comer? Sou chef internacional de alto escalão! Na última vez, nem pude falar com a senhora porque estávamos com pressa, te devo essa!"

Um homem na casa dos quarenta a cumprimentou sorrindo.

"Olha, estas são as flores que acabei de podar hoje. Não é lindo? Aqui, pegue. Flores frescas combinam com uma beleza como você," comentou um jardineiro depois.

"Mocinha, o sofá é confortável? Eu o escolhi depois de passar por vários deles!"

"Vocês são..." Ela estava lisonjeada, aquele grupo tão grande homens, todos tão gentis que quase a fizeram chorar.

A maioria deles eram homens de meia-idade na casa dos quarenta e quase não haviam rostos jovens.

"Ficamos tão empolgados quando você veio da última vez. Achamos que o sr. Ferguson finalmente teve sorte com as mulheres. Mas não esperávamos que fosse ir embora tão depressa, nem vimos o rosto da senhora. E nunca esperaríamos que retornaria de novo. Garota, acredita em destino? Acho que você e o sr. Ferguson foram feitos um para o outro!"

"Quando foi a última vez que o sr. Ferguson trouxe uma mulher para cá? Cinco anos, não é mesmo?"

"Acho que sim... Foi uma pena." Alguém queria falar, mas parou e hesitou. Era melhor não se lembrar do passado, talvez tenha falado demais.

"Emmanuel trouxe uma garota antes? Achei que ele não gostava de mulheres, não?" Ela ficou surpresa com a fofoca.

"Bom... É uma questão complicada."

Assim que tocaram no assunto, seus olhares entusiasmados foram substituídos por medo.

"Enfim, vamos voltar ao trabalho. Parar de te incomodar."

Todos se dispersaram e se recusaram a mencionar o que aconteceu naquela época.

Savannah também não pensou muito nisso. Todo mundo tem um passado, ele merece ter o dele em segredo.

Ela não se esqueceu que estava ali para cuidar de Emmanuel, e não para fofocar sobre a vida dele..

Ele dormiu naquela noite, mas foi um sono inquieto.

Sonhou com aquela noite, a lua escondida entre as nuvens. Tão sombrio e escuro.

Naquela noite, o fogo ardia e consumia toda a casa.

Ele correu loucamente, mas o fogo impediu seu caminho, o afastando com o calor.

Os bombeiros lutaram por duas horas para apagar o fogo inteiro.

Mas o incêndio devastou toda a terra, deixando apenas as cinzas de um corpo no chão.

Fogo...

Um incêndio...

De repente, ele sentiu algo. Era como se alguém estivesse se aproximando dele.

Ele agarrou instintivamente e correu com os olhos abertos.

"Que dor... Emmanuel, você está me machucando!"

Ela percebeu que ele estava encharcado de suor. Por isso, pegou água para lavar o rosto dele com um pano úmido.

Porém, assim que ela estendeu a mão, ele de repente agarrou sua mão e acordou do nada. Foi assustador e doloroso.

Ela não pôde deixar de grunhir de susto.

Ele ouviu a voz familiar e se recompôs, percebendo que foi só um sonho.

Ele a soltou e franziu a testa. Queria se levantar, mas seu corpo estava fraco.

Infelizmente, a doença era muito forte, até mesmo causou o retorno de seus pesadelos.

Emmanuel encarou a janela, uma noite sem lua e tão escura. Não dava para ver nada além das luzes da estrada no caminho.

"Emmanuel, você está bem?"

Ele se acalmou após acordar, guardando todas suas emoções sob seus olhos sombrios.

Ao ouvir isso, ele se virou para olhar para Savannah.

Seus olhos se encontraram. Sua pequena figura se refletia em seus olhos negros. No reflexo, ela era tão pequena como um barquinho, apenas um pequeno bote no meio de uma tempestade do oceano.

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