Pequena Flor romance Capítulo 60

"Você não precisa cozinhar. Tem um chef particular aí, não precisa fazer nada. Só espere por mim, eu vou chegar o mais cedo possível," Ele mandou.

"Ok, Emmanuel, vem com cuidado."

Savannah desligou a ligação com cuidado e respirou fundo.

Uma refeição não era nada comparado com vinte mil dólares.

Ela não se importava mais se Natasha iria tirar fotos deles dois. Até porque Natasha deve ter aprendido a lição depois da ameaça de ontem.

Do outro lado da linha, Emmanuel travou o celular. Assim que saiu da chamada, seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso.

Todos ficaram surpresos. Como é que o presidente estava sorrindo? Pela primeira vez!

Será que um vulcão vai congelar hoje?

"Vamos terminar a reunião aqui. Já podem ir embora."

Ao terminar, Emmanuel se levantou e saiu da sala de conferências.

"Estou sonhando?" Um funcionário perguntou, ainda cético e confuso.

"Isso é estranho. Será que baixou algum espírito no presidente?" Mais alguém disse.

"Aquele homem é um mistério. Eu nem sei o que ele está pensando!"

......

Savannah estava ajudando na cozinha quando Emmanuel chegou em casa.

Ela prometeu ao chef que não tocaria nas facas e ficaria longe das panelas e frigideiras. Tudo o que ela fez foi só enxaguar os vegetais e frutas, pegar coisas na geladeira e outras tarefas simples.

Ela se deu bem com o chef em pouco tempo. A casa silenciosa ficou mais animada.

Anteriormente, a mansão quase sempre era quieta e sem vida. Normalmente, os criados não costumavam falar. Na maior parte do tempo, só cumprimentavam seu chefe e ficavam fazendo suas tarefas em silêncio.

No entanto, houve risadas na casa e estava muito mais animada do que antes.

"Haha... Senhora Wadleigh, a senhora é tão interessante. Se eu contasse ao meu neto todas as suas piadas, ele morreria de rir!" O chef brincou.

"Você gosta de abobrinha?" Savannah perguntou.

"Oh Deus, esses são para o sr. Ferguson."

"São tantos e ele não vai comer tudo isso. Além disso, estou com fome agora, não vai fazer diferença comer só umazinha. Pode comer uma também."

"Sra. Wadleigh, a senhora pode comer a vontade, mas eu não. Não posso quebrar as regras."

"Quem se importa com as regras? Olhe para você, está suando e trabalhando o dia todo. Vai, sei que está com fome, só uma mordidinha."

Savannah entregou a abobrinha ao chef. Este não se conteve e deu uma mordida. Ambos caíram na gargalhada.

"Aham..."

Eles ouviram alguém tossindo na entrada da cozinha.

E então se viraram, o chefe ficou com o rosto pálido de pavor. Gaguejando, "Senhor... Eu... Eu não queria..."

Savannah também ficou um pouco confusa quando percebeu como o chef estava assustado.

Era só um pedaço de abobrinha, ele iria mesmo ser demitido por isso ou punido?

Era contra as leis trabalhistas!

"Eu... Eu o forcei a comer. Não é culpa dele, se não estiver satisfeito, fale comigo!" Savannah o defendeu.

"Eu nunca disse que você não pode comer as coisas da mansão. Não vou comer tudo sozinho mesmo, então é bom não desperdiçar. Senhora Wadleigh deu para você, não é mesmo? Então pode aproveitar." Emmanuel disse inesperadamente.

Todos seguiam as regras da mansão. Criados eram só criados, nunca cruzando a linha.

Emmanuel sabia disso. Ele gostava quando os criados também se comportavam. Embora não houvessem regras escritas, eles nunca ultrapassaram seus limites.

Porém, era um ambiente desumano.

Essas pessoas eram apenas trabalhadores que ele empregava. Ele pagava o salário e eles trabalhavam.

Ele nunca os explorou e os benefícios eram expensos. Porém, nunca os tratou com nada além de indiferença, por isso, todos se sentiam intimidados.

Mas Savannah era diferente. Não importa quem seja, ela nunca trataria de forma diferente. Sentiu que todos eram iguais, independente da classe social ou trabalho.

Mesmo assim, o mundo era injusto. Savannah não poderia mudar o mundo sozinha.

O chef estava embasbacado, nunca viu o sr. Ferguson ser tão descontraído.

"Sim... Sim, senhor..." O chef murmurou.

"Emmanuel, por que você... Não come uma também?" Savannah ofereceu.

Ela entregou mais uma abobrinha para ele.

Emmanuel franziu a testa, sentindo que arruinaria sua imagem se pegasse e comesse ali.

Porém... Savannah mordeu uma ponta da abobrinha, como brincadeira.

"Tudo bem se não quiser." Ela disse.

Ao perceber que Emmanuel não reagia, ela mesma tirou de perto dele. Inesperadamente, Emmanuel tomou da mão dela e disse, "Eu não disse que não iria comer. Acabei de chegar e estou com fome."

Ele mastigou o local onde ela mordeu especificamente.

Savannah deu um suspiro de alívio.

Acabou de perceber que comeu uma parte da abobrinha, então deu restos para ele, desrespeitoso. Por isso tinha medo dele ficar ofendido com ela também.

Quando almoçaram, Savannah não pôde deixar de se lembrar do que aconteceu na noite anterior.

"Emmanuel, como... Eu vim parar aqui?" Perguntou.

"Francisco te seguiu. Ele sabia que você estava se sentindo triste e tinha medo do que você faria." Explicou.

"Então, Francisco me trouxe de volta?"

Por que ela se lembrava vagamente de Emmanuel pelo cemitério?

Emmanuel franziu os lábios, mas não respondeu, só deu de ombros.

"Ontem à noite... Acho que sonhei contigo. Você cuidou tão bem de mim, mas quando eu abri os olhos nessa manhã, você foi embora. Eu... Eu estava sonhando?" Ela perguntou.

"Lembro que você teve muita febre. Deve ter sido uma alucinação."

Emmanuel respondeu com indiferença.

Savannah estava meio confusa com a resposta. Passou a noite em claro cuidando dela, estava até cheio de olheiras por isso, para não dizer?

No entanto, por que ele não admitiria isso?

Talvez Kay estivesse certo? Emmanuel não queria admitir o que sente?

Será que Emmanuel estava sendo tímido? Esse era o jeito dele de demonstrar timidez talvez?

Ela mordeu o garfo e se perdeu em seus pensamentos.

Depois do jantar, Emmanuel a levou para casa. Elena correu até ela imediatamente quando soube que ela passou mal e chegou em casa.

"Elena, o que Emmanuel quis dizer com isso? É óbvio que ele quer achar uma mulher para ser esposa de fachada, mas não quer gastar tempo e dinheiro com outra. Mas, não seria uma coisa boa eu me divorciar do sobrinho dele e se casar com ele, não seria?" Savannah perguntou.

"Eu acho que Emmanuel não é um cara ruim. É boa pinta, rico e bem gentil contigo. Além disso, é bem melhor que os outros pilantras que você conheceu, não é? E com certeza melhor que o Joshua, não passa pela sua cabeça nem uma vontadezinha?"

Elena perguntou curiosamente.

Emmanuel era um homem bonito e cavalheiresco. Savannah o encontrava com frequência e ele também era gentil com ela sempre. Ninguém resistiria àquela tentação, não é mesmo?

A explicação de Elena a deixou em conflito.

De fato, ela ficou tentada...

Porém, tentou se manter o mais racional possível. Emmanuel gosta de homens. Se ela ficasse com ele, jamais conquistaria o coração dele, tinha medo de se tornar irracional e desesperada tentando. Ficaria miserável no casamento e acabaria se machucando e aos outros tentando o conquistar inutilmente.

Se ela não tivesse sentimentos por Emmanuel, ela poderia ser indiferente a ele.

Ela só podia então evitar cair naquele buraco, para não ter riscos e problemas futuros.

Além disso, mulheres como ela sempre tinham muitas expectativas sobre casamento. Esperavam que iriam poder passar o resto de suas vidas com alguém que as amam incondicionalmente e vice-versa.

Emmanuel... Não era alguém por quem ela deveria desejar desse jeito!

Savannah balançou a cabeça e respondeu: "Eu... Não tenho sentimentos por ele. Agora, eu deveria me concentrar em ajudar ele de alguma forma, é isso!"

"Você pode simplesmente arranjar uma esposa para ele. Eu trabalho com muitas modelos, conheço várias e sou amiga de algumas. Todas são uma beleza, e se cuidam muito bem." Elena sugeriu.

"Espera, mas ele prefere homens, não é? Conheço alguns modelos homens que vão adorar o convite também." Ela pensou melhor.

"Bom, a questão é que... Nem sei se ele é passivo ou ativo, talvez versátil?" Savannah perguntou.

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