Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 558

"Vi que você limpou tudo na garagem. Não vai mais usar?" Sérgio Pereira se sentou ao seu lado, enquanto a empregada trazia pratos e talheres.

Ao vê-lo começar a comer, Letícia Silveira também pegou um garfo. "Sim, não vou mais usar. Provavelmente não precisarei mais disso, afinal, fazer bicos rende mais."

"Marcos Rodrigues não te deu dinheiro?"

Letícia Silveira, temendo que ele entendesse mal, apressou-se em explicar: "Deu, sim. Ele me dá uma ajuda de custo toda semana, mas eu não toquei nesse dinheiro. Ganhar dinheiro não é fácil para ele, então estou guardando caso ele precise urgentemente. Além disso, eu tenho minhas próprias capacidades, não quero depender dele para tudo."

Essa frase não era apenas para Marcos Rodrigues, mas também uma indireta para Sérgio Pereira.

Sérgio Pereira apenas comentou: "Ah, é?"

"Sim." A resposta veio em um tom suave.

"Letícia está mais sensata, não precisa que ninguém se preocupe com ela."

Letícia Silveira permaneceu em silêncio.

"Na verdade, ser sensato demais também não é tão bom. Nos olhos de um irmão, Letícia sempre será uma criança," Sérgio Pereira falou pausadamente, cada palavra pesando no coração de Letícia Silveira. Ela não compreendia o significado por trás das palavras dele, e também não queria entender.

Letícia Silveira baixou a cabeça, optando pelo silêncio.

Não havia necessidade para isso.

Sempre que Letícia Silveira interagia com Sérgio Pereira, ela se sentia ansiosa. Ela não sabia o que mais ele poderia esperar dela, nem o que ainda poderia tirar de valor dela.

Nesses seis meses de distância, Letícia Silveira já havia percebido que, para ele, ela era apenas alguém que podia ser facilmente descartada.

Ao seu lado, Letícia Silveira nunca esperou receber algo em troca.

Ele já tinha uma irmã.

Uma irmã que ele havia formalmente adotado.

Para ele, ela não precisava ser tão importante.

Agora... sentada à mesa para comer.

Letícia Silveira sentia-se como se estivesse diante de um completo estranho.

Durante a refeição, Sérgio Pereira falou algo, e Letícia Silveira apenas respondeu superficialmente.

"Eu... estou satisfeita."

Ela... não deveria se apegar mais.

Ela se convenceu disso.

Letícia Silveira, mesmo as coisas boas, nunca foram suas para começar.

Este lugar... também não era seu lar.

Você... já não tem mais um lar.

Depois de ajustar seu estado emocional, Letícia Silveira sentou-se na escrivaninha onde costumava estudar e começou a fazer seu dever de casa.

Trabalhando nas provas...

Depois de fazer duas provas, deu uma olhada no relógio e, num piscar de olhos, já eram nove e meia.

Quando ela colocou a caneta de lado, se preparando para descansar, a porta atrás dela foi tocada.

"Senhorita Letícia, o senhor está perguntando se você gostaria de um lanche da noite?"

Letícia Silveira: "Obrigada, não é necessário, não estou com muita fome." Ela olhou para o lado, onde havia um pedaço de pão de queijo doce que não tinha terminado de comer, e seu estômago, inoportunamente, fez um barulho. Felizmente... a pessoa do lado de fora não ouviu.