Por Amor ou por Vingança Jantando com os sócios

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Ethan

Saímos da casa da Mariana em silêncio e eu opto por continuar daquela mesma forma, afinal, não estou no meu melhor humor, após a tentativa dela em me fazer de bobo.

Ela não tinha conseguido e agora eu não pretendia continuar a facilitar as coisas para a Mariana, considerando-se que ela não estava fazendo o mesmo para mim, e naquela noite ela estaria em meus braços, eu não mais iria levar em conta a sua aparente frieza.

No final das contas, ir para a cama comigo não seria muito diferente do que ela e a amiguinha fizeram, quando entregaram a virgindade para o lance mais alto e ela sairia ganhando até mais, porque diferente do que aconteceu na boate, Mariana não levaria apenas a bagatela de trezentos mil reais.

Já dentro do carro, mesmo sem dispensar um segundo olhar para a Mariana, eu sentia que ela estava me olhando de modo furtivo, mas não dei indicação alguma de que estava ciente dos seus olhares.

Eu consigo ser ainda mais frio do que ela pode imaginar e hoje eu mostraria isso para ela, então continuei focado em olhar os meus e-mails e algumas mensagens realmente importantes, enquanto o meu motorista nos levava até o restaurante no qual iria acontecer o nosso jantar.

Quando o motorista parou o carro em frente ao local, ele logo estava abrindo a porta para que a Mariana saísse, e como fiquei atrás dela, pude admirar toda a beleza sensual e ao mesmo tempo discreta do traje que ela escolheu para usar naquela noite e apenas isso foi suficiente para me deixar tentado a esquecer toda a minha irritação e beijar os seus lábios encantadoramente pintados de vermelho.

A Mariana é pura tentação e eu precisei usar de todo o meu autocontrole para caminhar ao seu lado, segurando o seu pulso delicadamente, apenas o suficiente para a guiar até onde estão as pessoas que iremos nos encontrar no restaurante.

O clima não está favorável para qualquer interação entre nós, e quando seguro em seu pulso, ela olha em direção a minha mão e me encara como se estivesse dizendo para eu largar o seu braço, algo que não farei de maneira alguma.

— Estou contando com a sua colaboração nesta noite, Marina. — eu digo, a minha mão ainda está em seu pulso. — Espero não ter que ficar repetindo a todo momento o motivo pelo qual você me deve obediência.

— Você é tão…

— Shiii! — Faço um sinal com o dedo indicador sobre os lábios, a interrompendo antes que ela vá em frente com o desaforo que nitidamente ela pretendia falar. — Vou deixar claro que não estou com muita paciência esta noite. Não a teste!

Ela me fuzila com o seu olhar, mas não diz nada, acredito que agora ela percebeu que não estou para brincadeiras, o que agradeço internamente, pois acabamos de chegar a hostess, que nos leva á mesa onde estão alguns dos meus sócios, com os quais irei me reunir hoje.

— Boa noite, senhores! — Cumprimento a todos, quando paramos ao lado da mesa reservada para nós. — Mariana, esse são Benedito e Luciana Queiroz, e Luiz e Amélia Fagundes. E esta é Mariana Souza, minha namorada.

Mariana simplesmente belisca o meu braço discretamente, mas com bastante força, ao ser apresentada como minha namorada, algo que surpreendentemente consegue me deixar um pouco menos irritado, pois constato mais uma vez que ela realmente não tem medo algum de mim.

Essa doeu. — reclamo baixinho, para que ninguém além dela possa me ouvir.

— Eu não fiz com a força que desejava. — ela retribui no mesmo tom e eu acabo sorrindo discretamente com o seu atrevimento.

Olho em torno e percebo que ainda falta um dos meus sócios, Arthur Rodrigues, o qual recentemente aumentamos a nossa parceria, pois investi em mais um negócio em comum com ele, uma casa noturna bem badalada, que estava fazendo bastante sucesso na noite paulistana.

— O Rodrigues? — pergunto de modo generalizado para todos na mesa.

me mandou mensagem para informar que estará aqui, em no máximo quinze minutos. — Benedito Queiroz responde, ele é banqueiro e eu tenho vários negócios em comum com ele.

é um homem bastante tradicional e que preza por valores hoje bem ultrapassados, e só faz negócios com aqueles que seguem a mesma visão de mundo

eu nunca ter me casado e nem pretender fazer isso em um futuro próximo, pois a única mulher que amei na vida já não está mais aqui entre nós, eu tentava amenizar ao menos a minha fama de conquistador e procurava trazer sempre uma namorada aos nossos

a conhecer a Bruna, de quem deixou bastante claro que não gostou nenhum pouco e eu procurei não levá-la mais aos nossos encontros, evitando assim maiores aborrecimentos com um importante parceiro de negócios como Benedito Queiroz sempre foi e esperava que a Mariana o cativasse, melhorando a minha imagem perante o senhor

como sempre, estava me surpreendendo mais uma vez, pois já estava trocando algumas palavras com Luciana Queiroz, esposa do Benedito, e eu esperava que aquilo fosse um bom sinal, pois ela seguia a mesma visão de mundo do seu marido e torci fervorosamente para que a minha acompanhante não me causasse problemas, como a Bruna fez em

a minha atenção ao comentar sobre uma empresa nova no mercado, mas que tinha conseguido se lançar de modo inovador e estava conquistando uma parcela significante do mercado, e enquanto nós conversamos, os Fagundes conversavam entre

estava ao meu lado, e eu busquei a sua mão por baixo da mesa, apenas para a provocar, pois tinha certeza de que ela não gostaria nada daquele gesto de intimidade, e mesmo ela tentando que eu a soltasse, segurei firme e continuei a conversar com o Benedito tranquilamente, enquanto ela falava com

completamente centrado em ouvir o que o homem ao meu lado falava, mas ao mesmo tempo ficava mexendo com a mão da minha acompanhante, que já estava me beliscando