Por Amor ou por Vingança Um acidente

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Ethan

Mariana estava chateada e desde que entrou dentro do meu carro que ela reclamava sem parar, pois não queria ter vindo comigo, e sim com o seu funcionário.

Mas eu deixei claro que não aceitaria que fosse diferente, e nitidamente chateada, ela me seguiu até o meu carro e juntos seguimos para a sua casa.

Apesar de sempre impor a minha vontade, eu não estava gostando de vê-la daquela forma e pensei em melhorar um pouco a minha situação.

— O que acha de uma rápida viagem no fim de semana? — Apesar da minha atenção estar concentrada na direção, eu olhei rapidamente para a Mariana, tentando ver como ela estava recebendo a minha sugestão.

— Não, obrigada — Mariana não demorou nem mesmo cinco segundos para recusar.

— Porque não? — insisti, já me sentindo chateado com a sua postura.

— Tenho um compromisso… — ela disse de maneira despreocupada.

— Mas eu tenho que ser uma prioridade na sua vida, Mariana — Faço questão de apontar, me sentindo indignado com seu pouco caso sobre o meu convite.

— Eu já falei que tenho compromisso, Ethan — ela me encarou com cara de poucos amigos — Será algo bem mais interessante que viajar com você sei lá para onde, que eu realmente vou gostar de ir.

Ela não podia simplesmente recusar a minha proposta, pois tínhamos um acordado e também não gostei nada da forma com que a Mariana estava lidando comigo agora, quando apenas alguns minutos atrás nós estávamos nos dando tão bem.

— Você não precisa gostar, apenas me acompanhar, pois é um evento profissional, que requer uma acompanhante, e ninguém melhor do que você para ser essa pessoa.

Ela não gostou nada da forma como me expressei, foi algo notável, e me fuzilou com o seu olhar.

— Pára o carro que eu vou descer — ela disse, me deixando perplexo.

A olhei sem conseguir acreditar que ela não pretendia nem mesmo conversar melhor sobre o assunto em questão.

— Você não pode simplesmente dizer que vai descer do carro, Mariana.

— Tanto posso, como estou fazendo isso agora — Seus olhos pareciam duas piscinas em chamas, de tão irritados que estavam.

— Vamos conversar melhor, quem sabe chegamos a um entendimento — tentei amenizar as coisas.

— Pode parar esse carro agora, Ethan! — ela falou, se livrando do cinto de segurança.

Eu não esperava por aquela sua atitude intempestiva, mas Mariana me surpreendeu ao segurar o meu braço de maneira bastante brusca, me tirando a atenção do trânsito e de repente só senti o impacto do meu carro colidindo com algo à nossa frente.

— Ethaaaan!

Para o meu total alívio, aparentemente foi uma batida consideravelmente leve, levando-se em conta a situação, pois eu tinha acabado de bater na traseira de um outro veículo, que tinha parado no semáforo.

— Você está bem? — perguntei a Mariana, preocupado.

Todo o corpo da Mariana tinha sido jogado para frente, e quando olhei para ela, seu rosto estava sangrando, o que me deixou completamente

— Seu rosto está sangrando! Precisamos ir ao hospital urgentemente!

Ela tinha se encostado ao banco novamente, parecia levemente atordoada com a pancada sofrida e só agora eu me dei conta de que ela estava sem cinto, por esse motivo o seu corpo tinha sido jogado para a frente daquela forma.

Eu estou bem — ela tentou garantir de modo vacilante.

não está bem — eu protestei, ao ver o fio de sangue que descia por seus lábios — Nós vamos ao hospital

Mas quando pensei em ligar o carro e sair dali, toda a movimentação à minha volta me chamou a atenção e alguém agora estava batendo na janela de vidro ao meu lado.

Acho que não vai ser tão fácil sair daqui, como você está acreditando — Mariana disse, sua cabeça recostada ao encosto do banco, seus olhos fechados.

As batidas insistentes de um homem de terno me impediram de responder, e eu segurei na maçaneta, ainda indeciso sobre abrir a porta do carro, além de estar bastante contrariado com a situação. Eu queria levar a Mariana para o hospital!

Vá lá… eu estou bem.

Mesmo sem querer perder tempo, estava preocupado com a Mariana, mas completamente disposto a aceitar qualquer exigência do outro motorista, e entrar em qualquer acordo que me fosse oferecido para reparar todos os danos sofridos pelo carro no qual eu tinha acabado de bater, eu saí do carro.

— Joshua!?

—Ethan!

homem com o qual me deparei à minha frente, o qual estava batendo no vidro do meu carro, era um antigo conhecido, alguém com quem tive bastante amizade durante anos, e apenas a sua saída do Brasil tinha sido capaz de

Que grande coincidência, cara — ele disse, me puxando para um cumprimento cheio de

o tão famoso abraço entre homens acompanhado de tapinhas nas costas, ficamos nos encarando, e várias coisas passavam por minha cabeça naquele momento e eu tinha certeza de que também acontecia o mesmo com o

não sabia que estava de volta ao Brasil — eu comentei, uma velha e conhecida dor em meu peito voltando com força

irmão da Beatriz e a dor da sua perda também impactou muito na sua vida, assim como tinha acontecido comigo, e ele acabou por decidir ir embora do país, juntamente com seus pais, pois as lembranças eram duras e cruéis demais para seguir no mesmo lugar de antes, como se nada

Eu cheguei a São Paulo ontem apenas — ele contou — Pretendia ir até o seu escritório nos próximos

carros estavam contornando os nossos para seguirem com o trânsito, mas algumas buzinas começaram a soar e nós sorrimos um para o outro em entendimento. Estávamos atrapalhando o trânsito, uma vez que a batida tinha sido

Você ainda tem o meu número? Eu preciso ir, pois a batida acabou ferindo a pessoa que estava comigo no carro e vou levá-la até o

namorada? — Joshua sugere, com um sorriso

Não! — neguei com veemência — Apenas