Por Amor ou por Vingança romance Capítulo 38

Resumo de Sentimento Terno: Por Amor ou por Vingança

Resumo do capítulo Sentimento Terno de Por Amor ou por Vingança

Neste capítulo de destaque do romance Romance Por Amor ou por Vingança, Taize Dantas apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Ethan

Chegamos a casa da Mariana eram quase uma hora da manhã e quando ela abriu a porta da sala, a primeira coisa que percebemos foi o Matheus, seu vizinho e funcionário da loja, sentado de maneira displicente sobre o sofá, assistindo TV.

Eu tinha pedido o número do jovem para entrar em contato com ele e pedir que fizesse companhia para a tia Celina, pois eu não tinha a mínima ideia de que horas iríamos sair daquele hospital e me sentia preocupado demais com a Mariana, ao ver o forte inchaço em seu rosto, além do seu olho que já estava completamente roxo.

Matheus ficou logo de pé, ao nos ver entrar no cômodo, mas a expressão no rosto de Mariana denunciava que ela já tinha entendido perfeitamente o motivo do Matheus estar em sua sala de estar, ainda assim, eu decidi esclarecer.

— Fiquei com medo de que a gente fosse demorar muito no hospital e preferi garantir que a tia Celina não estivesse sozinha em casa.

Mariana não fez nenhum comentário, mas segurou a minha mão como uma forma de agradecimento.

— Como você está, Mariana? — Matheus perguntou e era notável que ele estava bastante preocupado.

— Para a minha tranquilidade, não foi nada grave, realmente — a Mariana tenta tranquilizá-lo — Fiz alguns exames e fui liberada. Está tudo bem.

— Nossa! — Matheus fala com admiração e abre um sorriso satisfeito — Fico mais tranquilo ao saber disso.

Mariana retribui o sorriso do jovem e sinto um certo incômodo com a sintonia que os dois parecem ter um com o outro, mas me mantenho a parte, ou ao menos eu tento fazer isso.

— Obrigada por sua ajuda, Matheus — ela agradece — Foi muita gentileza de sua parte ter feito companhia a minha tia até agora.

— Também quero agradecer por ter vindo quando eu pedi, Matheus — acabo me metendo no diálogo tão amigável entre os dois.

— Não foi nada de mais — o jovem diz, parecendo agora um pouco envergonhado — Eu estou indo, então. Acredito que vá ficar alguns dias de repouso, não é mesmo?

A sua pergunta foi dirigida a Mariana, mas eu já imaginava que ela iria negar e acabei a interrompendo antes que ela fizesse tal besteira.

— Isso mesmo, Matheus — falei — Mariana necessita de bastante repouso e por isso não irá para a loja nos próximos dias.

Não me importei com o olhar furioso que a Mariana lançou em minha direção ao ouvir a minha resposta ao seu funcionário. Mais importante que qualquer coisa é a sua saúde e bem-estar.

— Amanhã nós conversamos melhor, Matheus — ela disse apenas.

— Tudo bem, então — Matheus concordou — Até amanhã, Mari… Até qualquer outro dia, senhor Constantino.

Pela primeira vez em toda a minha vida eu senti desconforto ao ser tratado por “senhor” e fiz questão de corrigir o rapaz.

— Pode me chamar de Ethan.

— Ah… Até outro dia, senhor Ethan — ele corrige de maneira equivocada e eu cheguei a trincar os dentes de desagrado.

Matheus saiu apressado após isso e a Mariana o acompanhou até a porta, e quando esta bateu, ela soltou o verbo e demonstrou todo o seu descontentamento com a minha intromissão.

— Você não pode se meter na minha vida dessa forma, Ethan! — ela fala, o dedo em riste, bem na minha cara — Eu não vou aceitar que mande em mim. Só faço aquilo que tenho vontade e essa sua chantagem já está me cansando, está claro para você?

Ela sorri em resposta, e segura em minha mão, me puxando, em direção ao corredor.

— Vou aceitar a compressa de gelo e enquanto eu tomo banho, você vai poderia preparar uma para mim — ela sugere, apontando em direção ao que imaginei ser a cozinha da casa.

— Eu tenho uma ideia bem melhor — digo, a abraçando novamente, mas com muito cuidado para não causar mais nenhum desconforto dessa vez — Eu te ajudo a tomar banho e depois a gente resolve essa questão da compressa.

— Imagino como você será de grande ajuda — Mariana rolou os olhos com tédio, mas eu percebi que ela tinha apreciado a minha sugestão.

Logo ela estava me puxando para o seu quarto e depois para o banheiro pequeno, mas que cabia a nós dois perfeitamente.

— Minha nossa!!! — ela gritou de repente, me assustando de maneira brusca.

— O que foi?

Antes que ela me contasse, entendi o que ela estava se referindo, ao ver que ela tinha acabado de encontrar um espelho e estava se olhando nele.

— É… está bem inchado e roxo — falei, pois era a isso que ela estava se referindo.

— Está horrível, Ethan! Um verdadeiro horror! — ela aponta de modo bastante dramático — Como posso ir para a loja, com o rosto assim?

Bem, pelo menos agora ela entendia porque eu avisei para o Matheus que ela não iria poder ir trabalhar nos próximos dias.

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