Artémis
Todos ficam em suspense ao entenderem o que estava acontecendo naquele momento, e fica bastante visível para todos nós que o Murilo está sem reação, pálido e sem voz, por estar de frente ao irmão da Beatriz, garota que acabou se tornando um marco na sua vida e na vida de seu inimigo declarado, Ethan Constantino.
O belo homem de olhos verdes e semblante austero, que mesmo parecendo extremamente insatisfeito com o comportamento equivocado do meu primo, ainda assim teve a cortesia de se apresentar e tratar a todos bem, como se espera de alguém com bom senso, aguardava atento pela resposta tensa.
— Sim — vem então a confirmação do Murilo — Eu conheci a Beatriz.
Virgínia abraça o meu primo, como uma forma de apoio, e eu admiro a mulher sensata e companheira que a noiva do Murilo se tornou, após tantas provações que eles foram submetidos nas últimas semanas.
— Entendo — foi a resposta monossilábica do homem.
Acredito que ele tenha conseguido perceber o clima tenso que se formou após a confirmação do Murilo, pois além de ter se resumido a uma resposta tão simples, ele também pediu licença a todos e caminhou até um dos cantos da recepção, onde havia algumas cadeiras aparentemente bastante confortáveis e se sentou, olhando para nós como se a espera de que fizéssemos o mesmo.
Murilo também não disse mais nada, o que é bastante compreensível, tendo em vista toda a história dele com a Beatriz, a qual ele tinha tomado conhecimento há bem pouco tempo, através da Mariana.
— Vamos aguardar pela Mariana — Virgínia diz, olhando para o Murilo com um pedido silencioso — Não poderei ficar tranquila até saber se a minha amiga está bem.
— Claro — Murilo concordou de maneira rápida, sem nem mesmo pestanejar — Jamais iria embora sem antes termos notícias de como a Mariana está.
Meu primo parece só então se dar conta das implicações da minha presença ali, e me encara com uma expressão culpada em seu rosto.
— Posso pedir para o meu motorista vir te buscar, Artémis — ele oferece de maneira gentil — Assim não você não precisa esperar por nós.
— Não é necessário — eu recusei de imediato — Também estou preocupada com a Mari e gostaria de esperar aqui com vocês. Ela não parecia estar nada bem, quando chegou aqui.
Eu fui a primeira a seguir o gesto do Joshua e procurar um lugar para me sentar, entre as cadeiras dispostas no canto da recepção e escolhi uma das cadeiras que ficava bem em frente aquela que ele mesmo escolheu.
O meu único intuito ao fazer isso foi para poder admirar mais livremente toda a beleza estonteante daquele homem maravilhoso, e logo fui seguida pelo meu primo e a Virgínia, que também se sentaram, mas que optaram pelas cadeiras encostadas à parede, acredito que por estarem dispostas ao meu lado, mas não posicionadas de frente para o Joshua.
Joshua é um homem alto e atlético, era notável que ele fazia algum tipo de exercício físico, pois a camiseta preta de mangas curtas e de uma marca bastante famosa que ele estava usando deixava isso bem claro para todos que o olhassem.
Isso sem falar na calça jeans que se moldava perfeitamente ao seu corpo de pernas proporcionais ao seu corpo grande e que estava agora esticadas de maneira confortável e quando ele passou a mão por seus cabelos quase inexistentes, cortados em estilo militar, bem rente ao couro cabeludo, eu tentei não sorrir com o gesto.
Apesar de não ter a intenção realmente, pois eu desejava apenas admirar toda aquela beleza masculina de maneira discreta, a verdade é que eu estava encarando Joshua de maneira atenta e logo o meu olhar logo foi retribuído com a mesma intensidade do meu. e mesmo tentando não desviar o olhar tal qual uma adolescente envergonhada, eu acabei fazendo exatamente isso após alguns segundos.
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