“Ethan Hayes”
Ajusto a gravata pela milésima vez. Sei que o nó está perfeitamente alinhado, mas minhas mãos precisam de algo para fazer antes que eu enlouqueça completamente.
Agora entendo por que James e Alec estavam tão nervosos em seus casamentos.
— Se continuar fazendo isso, vai acabar se estrangulando antes dela chegar — Theo comenta, tentando me acalmar, mas a piada não faz nada para aliviar meus nervos.
— Cala a boca, Theo — resmungo, checando o relógio pela terceira vez em cinco minutos.
Alec solta uma risada contida ao meu lado.
— Isso está sendo melhor do que o esperado — ele balança a cabeça, satisfeito. — Você tirou sarro de mim quando casei com a Emma, fez o mesmo com James, e agora, olhe para você.
— Isso aqui é diferente — digo, passando a mão pelo cabelo e bagunçando o penteado que levei vinte minutos arrumando.
— É exatamente igual, idiota. Você está se casando com a mulher que ama.
Assinto, lançando um olhar pelo salão. Tudo está perfeito. Flores brancas e douradas estrategicamente posicionadas. Iluminação impecável. Músicos a postos. Convidados em seus lugares — menos que na maioria dos casamentos, como queríamos. Apenas pessoas que realmente importam.
Four Seasons. O mesmo hotel onde tudo começou.
Não foi minha ideia, foi dela.
— Poético e romântico — ela disse.
Concordei sem hesitar, claro. Me casaria até no Japão, se fosse isso que a fizesse feliz.
Verifico o relógio novamente: 17:11. Onze minutos de atraso.
— Relaxa — Theo murmura. — Noivas sempre se atrasam.
Ele está certo, mas a lógica não acalma meu coração disparado.
Instintivamente, coloco a mão no bolso do paletó, onde as alianças estavam até dez minutos atrás, quando finalmente as entreguei a Theo após verificá-las pela vigésima vez.
A música finalmente muda, sinalizando o início da cerimônia.
As portas se abrem, e Vitória entra primeiro. Sua barriga, onde a pequena Amber cresce, não a impede de caminhar graciosamente até o altar.
Logo atrás, Lauren aparece. Minha irmã sorri, mas seus olhos brilham, refletindo toda a emoção do momento.
— Ainda dá tempo de fugir — Alec sussurra. — Última chance de voltar a ser o solteirão convicto do grupo.
— Se não calar a porra da boca, vou fazer você engolir sua gravata — respondo, sem desviar o olhar das portas agora fechadas.
Então, a música muda e a tradicional marcha nupcial ecoa pelo salão. Meu coração dispara instantaneamente, os convidados se levantam e as portas se abrem novamente.
Mia aparece, em um vestido branco que parece ter sido feito especialmente para torturar cada nervo do meu corpo.
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