“Mia Hayes”
Cinco anos depois…
O aroma de peru assado e torta de abóbora preenche cada canto da casa.
Sorrio enquanto adiciono a última colher de açúcar no molho de cranberry, ouvindo as risadas das crianças ecoando da sala de estar.
Nossa casa. Às vezes, ainda me pego pensando nisso. Quando descobri que estava grávida de Elliot, há quase quatro anos, Ethan insistiu que precisávamos de um “lar de verdade”.
Duas semanas depois, estávamos assinando os papéis desta casa. Grande o suficiente para uma família em expansão, mas ainda em Chicago, perto o suficiente para manter tudo funcionando.
— Elliot, não corra pela casa! — grito pela terceira vez em menos de quinze minutos, enquanto equilibro Maya no quadril.
Meu filho de três anos, a cópia perfeita do pai, me ignora e continua correndo atrás de Benjamin. Aos quase seis anos, meu irmão virou o herói do meu filho.
Os dois passam pela porta da cozinha, quase derrubando Lauren no processo. Minha cunhada briga com o filho, que também a ignora, balança a cabeça e se aproxima.
— Precisa de ajuda, cunhadinha?
— Pode segurar sua sobrinha? Maya está especialmente grudenta hoje — digo, me alongando enquanto Lauren pega minha filha.
Com um ano e meio, Maya tem os cabelos escuros como os meus e os olhos como os do pai.
— Vem com a tia Lauren, princesa — ela canta para Maya, que sorri ao reconhecer a tia, exibindo os poucos dentinhos que tem.
— Ela está agarrada como um macaquinho desde que acordou — comento, terminando de arrumar a mesa. — Acho que é porque temos visitas para…
Enquanto falo, um estrondo alto vindo da sala me faz congelar.
Lauren e eu trocamos um olhar antes de corrermos para a sala, onde nos deparamos com um vaso quebrado, dois meninos com olhares culpados e Vitória, com sua barriga de oito meses, tentando se levantar do sofá.
— Foi um acidente, mãe! — Benjamin explica rapidamente, olhando para Lauren.
— Benjamin me fez correr e eu derrubei, mamãe — Elliot completa, me dando o mesmo olhar que Ethan, quando tenta parecer arrependido sem realmente estar.
— Onde está Amber? — pergunto, procurando pela filha de Vitória e Theo.
— Theo a levou para brincar lá fora — Vitória responde, finalmente conseguindo se levantar. — E é melhor vocês dois irem também, antes que destruam mais alguma coisa.
Os meninos não precisam de mais incentivo, correndo para o quintal enquanto suspiro, olhando para os cacos.
— Deixa que eu limpo, filha — Catherine diz, já trazendo uma vassoura. Minha sogra esboça um sorriso tranquilo. — Não seria Ação de Graças sem pelo menos um desastre, não é?
— Especialmente com crianças correndo pela casa — Abraham completa, chegando com a pá.
Assinto, aliviada, e volto para a cozinha, sendo seguida por Lauren.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Proibida Para o CEO