Prometida Ao Mafioso romance Capítulo 3

Resumo de Capítulo 3: Prometida Ao Mafioso

Resumo de Capítulo 3 – Capítulo essencial de Prometida Ao Mafioso por Mia Harrington

O capítulo Capítulo 3 é um dos momentos mais intensos da obra Prometida Ao Mafioso, escrita por Mia Harrington. Com elementos marcantes do gênero Máfia, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Já é tarde, e enquanto sirvo-me de mais uma dose de uísque penso na idiotice que havia feito ao prometer ao meu pai em seu leito de morte, algo de que eu certamente me arrependeria para o resto de minha vida. Era claro, tanto para os Villani, quanto para os Cavalieri que aquela desavença já havia durado tempo demais, e que talvez esse acordo funcionasse, e se as famílias não pudessem deixar no passado tudo o que havia acontecido, pelo menos que o embate cessasse, o que poderia gerar até mesmo alguma colaboração entre todos os envolvidos.

Ela é jovem demais. E insolente demais. Encarou-me como se estivesse acima do bem e do mal, e não vamos nos entender se me contrariar somente porque acha que está certa. Sei que Giulia deve agir assim por inúmeros motivos, toda a vida nas mãos de Donatella, que não pensava em nada a não ser em si mesma, guiando-a por uma infância e adolescencia conturbada, sempre fugindo, escondendo-se. Porém, era a oportunidade que ela teria de viver em segurança, confortavelmente, e contanto que conseguisse manter aquela linda boquinha fechada, talvez haja uma chance de fazer isso dar certo.

Giulia em roupas caras e saltos deve fazer bem o papel de esposa jovem, e por mais que Carolyn me satisfaça, a ideia de que ela era intocada não me desagradava. Imagino que vivendo em uma região pacata sob a responsabilidade das freiras, sua criação fosse extremamente rígida, mas por experiência própria, sei que garotas assim costumam surpreender depois de alguns avanços. E se não fosse o caso, nada que uma amante não resolvesse.

Mal acabo de tomar meu drinque, vejo minha irmã, Linda, voltando, já em trajes de dormir, sob o robe azul marinho. Ela senta-se na poltrona próxima a minha.

– Ela dormiu – diz Linda, pensativa – pobre menina.

– Hum – eu sei que ela está me preparando um sermão, mas não estou disposto a ouvir. Giulia nasceu em um mundo onde não existem pobres meninas. E ela mesma podia falar sobre isso depois de ter me dado um tapa, que certamente não esquecerei.

– Foi duro com ela, irmão – Linda continua depois de uma pausa – Giulia está assustada, eu mesma me lembro de quando estava chegando a maioridade, nosso pai teve que usar de muita diplomacia para recusar propostas de casamento que me foram feitas.

– Ele foi sensato, com você – falei afrouxando a gravata – já para mim, deixou o fardo de um casamento arranjado.

– Acha que mamãe foi um fardo para ele? – ela pergunta, e eu mesmo já havia pensado a respeito.

– Nossa mãe foi um arranjo as pressas, como se isso pudesse fazer todos esquecerem o que havia acontecido. Não foi a primeira opção, e papai nunca a amou, porém, ele foi um bom marido.

Era verdade, ele tinha sido um bom pai, presente na medida do possível, se não havia amor entre eles, pelo menos eram companheiros, e o respeito era mútuo.

– Achou Giulia bonita? – olho de canto para Linda, que riu maliciosa.

– O que eu achei não faz diferença, depois de acertados alguns detalhes devemos oficializar assim que ela completar a maioridade – esperei que essa resposta fosse suficiente, mas ela se aprumou na poltrona.

– Quero lembrá-lo que não pode se aproveitar da situação enquanto ela estiver sob nosso teto – disse ela como se eu não soubesse.

– Não se preocupe, não tenho a mínima intenção de deitar-me com ela – levanto-me já sonolento – vou dormir, partiremos cedo.

Apesar das poucas horas de sono, acordo bem disposto depois de uma noite sem sonhos. Depois de uma ducha rápida, me visto sem pressa, e saindo do meu quarto ouço a voz de Linda, animada no final do corredor, certamente falando com Giulia. Confesso que fico curioso a respeito do assunto entre as duas, mas decido descer para uma xícara de café, enquanto leio o jornal. Já havia me entretido com as notícias do dia quando ouço novamente a voz de minha irmã, e quando olho em direção as duas, sou pego de surpresa.

Giulia está ao lado dela, e pela expressão mais tranquila, estou certo de que mesmo com a ajuda de um remédio para dormir, sua noite deve ter sido reparadora. Os cabelos loiros estão soltos, e ela usa um vestido azul escuro, justo, um pouco mais curto do que seria aceitável para quem iria se tornar minha esposa. Não deixo de reparar no que estava escondido pelos trapos religiosos da noite anterior, o corpo esguio, curvas nos lugares certos, um belo par de seios pesando dentro do decote, sem exageros. Me mantenho olhando para ela por mais tempo, pensando que Giulia Cavalieri não era o tipo de garota que eu me sentiria atraído, mas era bonita demais para ser ignorada.

Ela evita olhar em minha direção, como uma criança birrenta. Dobro o jornal e continuo olhando em sua direção enquanto ela ouve Linda falando sem parar sobre compras.

– Parece que os Cavalieri não costumam dizer bom dia – provoco, recebendo um olhar de desaprovação de Linda. As bochechas de Giulia assumem um tom rosado sob as sardas, e ela olha para mim, não havia reparado que seus olhos são verdes.

– Bom dia – disse, e logo depois recusou o café, preferindo chá.

– Eu estava falando com Giulia que é uma pena que tenhamos que partir tão rapido – Linda disse – ela está sem roupas!

– Para mim ela parece perfeitamente vestida – volto minha atenção ao jornal novamente.

Percebo a irritação de Joe Cavalieri, e sei muito bem que ele não é o tipo que lida bem com ordens, ainda mais vindo de alguém considerado muito jovem para ter o mesmo título que ele. Cavaliere chama discretamente um deles, que acena positivamente com a cabeça, e em seguida os homens se retiram. Aponto para a porta de vidro a nossa frente e entramos no clube, no hall vazio, apenas o som de nossos passos em direção do elevador.

Quando a porta do elevador se abre no quinto e ultimo andar do antigo prédio, onde desde que meu pai havia assumido os negócios, costumava se reunir, fosse com aliados, parceiros, sócios, e até mesmo resolver algum impasse com cartéis, guangues e outras facções. Além do primeiro e principal andar, onde há shows e as mesas de jogos mais concorridas pelos frequentadores, há um andar inteiro de jogos "executivos", onde acontecem as maiores apostas, e apenas jogadores convidados podem participar.

– Fez um belo trabalho aqui – disse ele, olhando para o escritório, e ele tinha razão, aquele prédio era uma espelunca, e meu pai o havia transformado em um dos clubes mais luxuosos do país, e ali mesmo, onde a vista de Nova Iorque em um belo anoitecer, discutiremos o destino de Villanis e Cavalieris.

– Nada comparado com o que era antes do Villani – disse, e em seguida servi doses de uísque para nós.

– Mesmo achando de péssimo tom esse seu comentário sou obrigado a concordar – Cavalieri sentou-se a cadeira confortável e eu em meu lugar, atrás da mesa, ambos bebemos em silêncio e logo depois ele continua – agora vamos ao que interessa, Villani – seu rosto assumiu uma expressão sombria – onde está Giulia?

– Está segura, como já lhe disse – falo, descontraído.

– Vai me entregar a menina, Villani, ou teremos problemas – a voz era de quem não aceitaria qualquer recusa, certamente faria muitos levariam isso em consideração, não eu.

– De jeito nenhum.

– Vamos, garoto, não seja tolo como seu pai foi – ele parecia não ter noção do perigo que corria falando de Erico Villani – vou localizar minha sobrinha, e vocês pagarão um preço altíssimo se algo acontecer a ela.

– O que acha que fiz com ela? Além de salvá-la das mãos dos russos e trazê-la de volta em segurança – relaxo, e bebo mais um gole – você poderá vê-la, assim que chegarmos a um acordo – faço uma pausa – mas não vai levá-la a lugar nenhum.

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