Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 665

A família de Antônia Melo não tinha muito dinheiro. Quando ela passou no curso de Artes da Universidade, seus pais a acompanharam da pequena cidade até a capital.

Eles se mudaram para um pequeno apartamento a dez quilômetros da Universidade.

A casa na pequena cidade foi vendida, o que foi oportuno, pois Sr. Melo encontrou uma escola na capital que o aceitou como professor, enquanto Sra. Melo começou a trazer legumes do interior para vender, mantendo ambos ocupados todos os dias.

Antônia Melo sempre foi estudiosa desde pequena.

No ano em que ela passou na Universidade, a escola de ensino médio comemorou com muitos fogos de artifício.

Devido à severidade de Sr. Melo, Antônia acabou desenvolvendo uma personalidade tímida.

Ela nunca tinha mais de vinte reais por dia, que era o valor que seus pais lhe davam.

Mas um único anticoncepcional custava quase isso, sem contar o almoço e a passagem de ônibus; o dinheiro simplesmente não era suficiente para tudo.

Ao chegar em casa e ver as luzes acesas, Antônia entrou devagar.

Sra. Melo estava ocupada na cozinha, e o apartamento, de apenas trinta metros quadrados, tinha dois pequenos quartos, uma sala conjugada com a cozinha e um banheiro minúsculo.

"Mãe, você pode me dar trinta reais?"

Ela perguntou cautelosamente da entrada da cozinha.

Sra. Melo, mexendo as batatas na panela, franziu a testa ao ouvir o pedido.

"Para que você quer mais dinheiro? Não te dei vinte reais de manhã? Você sabe que a filha dos vizinhos leva apenas dez reais para a faculdade e consegue se virar. Dizem que o restaurante universitário é barato, dez reais já são suficientes. Antônia, você precisa entender a nossa situação, não podemos nos comparar com os outros. Se for para comparar, que seja no estudo. Nós vendemos tudo na pequena cidade, até nossa casa, só para te trazer para a capital. Você precisa ser mais compreensiva."

Antônia ficou parada, sentindo uma dor profunda, humilhada pelas palavras da mãe.

"Eu... preciso agora, depois eu trabalho e pago."

Rubens Prado, seu orientador, proibia qualquer emprego paralelo, ameaçando até com a anulação da graduação.