Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 114

[Sable]

A casa de Archer é pitoresca e confortável. Parece um lar, mais do que a fazenda do meu tio já pareceu. Mas estou tão nervosa que quero derrubar todas as quatro paredes e gritar para o céu.

Eu ando de um lado para o outro entre o sofá e a porta da frente, minhas mãos se torcendo em nós na minha frente. Já passaram algumas horas desde que Trystan e Ridge saíram, então sei que eles provavelmente acabaram de chegar às suas respectivas alcateias, mas estou pronta para que eles voltem. Agora. Eu sei que o que eles estão fazendo vai levar tempo. Logicamente, sei que preciso ser paciente porque isso significa que eles estão sendo mais seguros, mais cautelosos.

Mas odeio estar longe deles. Odeio não saber o que está acontecendo lá fora na natureza selvagem, tanto com Cleo e os planos do covil, quanto com meus companheiros. Odeio apenas ficar aqui. Esperando.

Não é como se não houvesse coisas que deveríamos estar fazendo aqui para nos preparar também. Archer saiu logo depois que Trystan e Ridge saíram, para se encontrar com seu pai e seu conselho de anciãos. Dare tem estado esparramado no sofá desde então, uma manta jogada sobre seus quadris e seus olhos bem abertos enquanto ele olha para o teto. Ambos deveríamos estar dormindo, descansando para a batalha que está por vir, mas estou muito inquieta e Dare está muito sombrio.

Passei um tempo revisando o livro que Gwen me deu. Embora tenha tentado alguns feitiços dentro de casa, a constante careta de Dare ao ver a fumaça negra me mandou para o quintal. Felizmente, a casa de Archer fica na extremidade oposta da vila, e seu quintal não é realmente visível das casas vizinhas.

Mas depois de praticar sigilos por mais de uma hora, comecei a perder minha concentração e desisti antes de cometer um erro e incendiar a casa ou algo assim.

— Você precisa descansar. — diz Dare com voz rouca. Essa tem sido sua refrão nos últimos trinta minutos, toda vez que ele se cansa de me ver passar pelo sofá enquanto eu desgasto o piso de madeira.

— Você não está descansando. — retruco irritada.

— Eu fui um lobo por muito mais tempo do que você. — ele responde. — Pode latir para mim o quanto quiser, luz da lua. Você precisa descansar.

Somos interrompidos pela abertura da porta da frente, e me viro rapidamente, meus ombros relaxando um pouco quando Archer entra na casa. Não vou relaxar mais até que Trystan e Ridge retornem, mas por enquanto, corro pela sala de estar para abraçar Archer.

— Você deveria estar dormindo. — ele diz em meu cabelo. — Droga. — Eu faço uma careta, embora ele não possa ver com meu rosto pressionado contra o tecido macio de sua camisa. — Você é tão ruim quanto o Dare.

O homem em questão ri atrás de mim, e quando olho para cima, vejo os dois trocando olhares divertidos.

— Ela não sentou desde que vocês saíram. — informa Dare a ele. Traidor.

Archer franze a testa para mim.

— Sable, isso foi há duas horas. Talvez mais.

— Mais. — digo dando de ombros.

Ele passa o braço em volta dos meus ombros e me leva pelo corredor.

— Tivemos alguns dias intensos e loucos. — diz gentilmente. — Essa quantidade de viagem, de correr a toda velocidade, seria cansativa para qualquer metamorfo comum. Além disso, você usou magia várias vezes, e isso também consome energia. — Ele estende a mão além de mim e acende a luz do quarto, me conduzindo para dentro. — Você precisa dormir para poder lutar quando as bruxas chegarem. Você não quer poder lutar?

— Mais do que qualquer coisa.

A ferocidade da minha voz me surpreende um pouco, mas Archer apenas sorri, rindo suavemente enquanto solta o aperto no meu ombro e ajeita uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

Ele segura minha mão antes que possa descer muito, entrelaçando os dedos nos meus e trazendo-os até seus lábios. Ele planta um beijo em meus nós dos dedos, e consigo sentir seus lábios se curvando em um sorriso irônico.

— Tente um pouco mais.

Me viro para ele, esperando que ele possa ver o bico no meu rosto na escuridão sombria.

— Eu tentei. Acho que preciso de ajuda.

— Ajuda para dormir?

— Ajuda para ficar cansada.

Dare ri atrás de mim enquanto digo as palavras, sua mão deslizando sobre meu estômago e através da minha caixa torácica, roçando a parte inferior dos meus seios.

— Ela tem um ponto. Talvez todos nós possamos usar um pouco de ajuda para ficar cansados.

Archer faz um som na garganta, e por um segundo, penso que ele vai protestar novamente ou nos dizer para tentar contar ovelhas ou algo assim. Mas em vez disso, ele solta minha mão e acaricia a parte de trás da minha cabeça, se aproximando de mim até que nossos lábios se encontram.

O calor me inunda, se espalhando do lugar onde nossos lábios estão conectados. Enquanto me entrego ao beijo, Dare se aproxima do meu outro lado, enrolando seu corpo ao redor do meu. Suas mãos percorrem meu corpo, apalpando e apertando meu seio enquanto seus lábios roçam meu ombro. A escuridão do quarto é como um casulo ao nosso redor, e me perco na sensação dos meus companheiros, meu corpo se movendo entre os deles enquanto tento pressionar mais da minha pele contra eles. O pênis de Dare pressiona contra minha bunda, e consigo sentir o comprimento de Archer pulsando contra meu estômago quando movo meus quadris para frente.