Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 127

Resumo de Capítulo 127: Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas

Resumo de Capítulo 127 – Uma virada em Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas de Dennis Daniels

Capítulo 127 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas, escrito por Dennis Daniels. Com traços marcantes da literatura Lobisomem, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

[Archer]

Nunca imaginei que um dia, os belos prados ondulantes que cercam minha casa, se tornariam um cemitério. Um lugar de descanso, para dezenas de metamorfos de cada matilha sobrevivente na área. Nunca sonhei que um dia, corpos da Matilha Oeste, seriam sepultados ao lado daqueles lobos perdidos na Matilha Norte.

Perdidos para minha matilha.

— Eu acho que está fundo o suficiente. — Ridge resmunga, empurrando a ponta afiada de sua pá na pilha de terra em que estamos trabalhando há uma hora. — Não acha?

Ele direciona essa última pergunta para mim, e eu aperto firme minha própria pá, meus dedos escorregadios de suor. O sol brilha com um calor e um brilho, que parecem fora de lugar em uma cena de morte e tristeza. Eu olho para o corpo do meu pai. Ele está envolto em um sudário fúnebre que Hope fez para ele.

Ela esteve com ele por anos, e ela o vigia mesmo agora, lágrimas escorrendo por suas bochechas enquanto ela olha para o crescente campo de sepulturas. A visão de sua emoção crua e intensa faz minha garganta se fechar, e eu não consigo falar.

Dare coloca a mão em meu ombro e aperta.

— Você vai ficar bem. Talvez não hoje. Ou amanhã. Mas um dia.

— Você saberia. — concordo suavemente.

— Você nunca vai esquecer. — ele acrescenta. — Isso nunca vai parar de doer. E está tudo bem também.

Eu dou um sorriso agradecido, embora tenha certeza de que não alcança meus olhos. Estou feliz por ter esses três homens ao meu lado, mas a dor da morte do meu pai ainda está muito fresca para realmente apreciar isso. Eu sei que estou preso em minha própria mente, absorto em minha própria tristeza, mas não sei como sair disso ainda. Não com o corpo do meu pai deitado aos meus pés.

Ridge e Trystan estiveram ocupados pra caramba hoje, supervisionando o recolhimento de seus próprios mortos, e ainda assim eles estão aqui, agora, me ajudando a cavar a cova do meu pai. Faremos um serviço mais tarde. Um para todos os mortos, não apenas meu pai, mas toda alma perdida nessa batalha. Quando a dor não estiver tão fresca. Quando as matilhas tiverem limpado a bagunça, lambido suas feridas e encontrado um novo tipo de normalidade.

Até lá, precisamos colocar os corpos no chão.

As três matilhas sofreram perdas devastadoras na batalha de ontem. Mas lutamos com força, e as três matilhas ainda estão aqui. Escapamos da destruição total porque enfrentamos a ameaça juntos. Uma pena que não tenhamos abraçado essa ideia mais cedo. Talvez a matilha de Dare ainda estivesse conosco.

Eu olho para as preparações de enterro acontecendo ao nosso redor. Mais adiante, além das árvores, uma pluma de fumaça preta e gordurosa se eleva no céu. Não a fumaça negra da magia, mas a fumaça negra de corpos queimando. Os mortos das bruxas. Eles não mereciam o respeito de um enterro, o mesmo respeito dado ao meu pai e aos meus companheiros de matilha.

— Vamos fazer isso. — eu digo, empurrando minha dor para o lado. Eu olho para a cova de seis pés onde Trystan está nivelando o fundo. — Troque de lugar comigo. Eu quero ser o que... — Eu me calo. Nem consigo dizer as palavras.

Mas Trystan parece entender o que quero dizer. Ele me entrega sua pá, e eu o puxo para fora da terra enquanto ele escala pela parede solta. Então eu pulo para dentro do buraco e me preparo para o peso do corpo do meu pai se somar ao peso da minha tristeza. Ridge e Dare baixam o pacote envolto em cobertor em meus braços. Nos últimos meses, papai perdeu tanto peso, que mal faz diferença em meus braços agora. Ele apenas definhou, a doença o consumindo da mesma forma que a magia fez na noite passada.

Eu me inclino e o coloco suavemente na terra macia, levando um tempo extra para garantir que seus membros estejam esticados. Ele poderia estar apenas dormindo sob aquele sudário, mas eu sei que ele se foi. Uma onda fresca de raiva misturada com agonia me envolve, e eu permaneço de joelhos por um longo tempo, incapaz de deixá-lo.

Finalmente, eu olho para cima e vejo que meus amigos se reuniram ao redor da cova. Trystan. Ridge. Dare. Sable. Amora. Hope. Eles se seguram pelas mãos, formando um círculo ao nosso redor, enquanto abaixam a cabeça em respeito ao meu pai. Eles são uma boia de salvação quando sinto que estou me afogando, e leva tudo que tenho para não desmoronar.

Depois de me recompor, eu saio da cova com a ajuda de Trystan e Dare. Eu tiro a terra dos meus joelhos e mãos, engolindo contra o nó na minha garganta. Nunca conheci uma desilusão como essa, mas sei que não posso me afogar na minha tristeza. Eu sou o alfa agora. Depende de mim liderar minha matilha, estar lá por eles em seu momento de necessidade.

Uma rua longe da minha casa, Hope me dá um abraço caloroso e forte antes de se afastar em direção à casa do meu pai. Faço uma nota mental para verificar como ela está mais tarde. Meu pai tem sido sua única responsabilidade por anos e nossa casa tem sido sua casa. Provavelmente ela se sente tão à deriva quanto eu, e devo muito a ela, pelo que fez para nos ajudar nos últimos anos.

Dentro da minha casa, vou para a cozinha e passo pelas etapas de fazer um café, porque me dá um senso de normalidade. Interiormente, estou entorpecido, repassando repetidamente o momento em que meu pai morreu e me perguntando se poderia ter feito algo diferente. Não que realmente importe. Não posso voltar no tempo na morte.

Dare se dirige para o fundo da casa para tomar um banho, e Ridge vasculha a geladeira procurando algo para cozinhar para o almoço. Estou medindo o café no filtro quando Trystan se inclina sobre meu ombro esquerdo, me assustando. Eu me viro, os grãos de café finamente moídos voando sobre a bancada.

— Merda, cara. Desculpa. — Trystan pega uma toalha do suporte e joga os grãos derramados na pia. — Não quis te assustar.

— Você não me assustou. — minto, pegando a colher de sopa para medir uma nova porção. — Só estava distraído.

Ele me encara por um momento como se estivesse considerando desmascarar minha mentira, mas se contém. Então ele franze os lábios, puxando-os para um lado.

— Ei, olha. Preciso te contar algo.

Suspiro interiormente. Não sei se estou pronto para lidar com qualquer besteira que ele vá dizer. Normalmente, consigo deixar sua atitude julgadora passar, mas hoje, não tenho forças.

— O que é? — pergunto, encaixando o filtro acima da cafeteira.

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