Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 204

Respirei fundo e avancei. "Olá?"

Fui recebida pelo caloroso brilho das velas tremeluzentes em cada superfície dura. Ao contrário dos móveis temporários de Sheila, a tenda de Greta tinha uma cama de verdade, uma cômoda de madeira maciça e uma mesinha com cadeiras de madeira. No centro do chão havia um tapete vermelho e dourado. Todo o lugar parecia acolhedor e convidativo.

Uma mulher mais velha estava sentada em uma das cadeiras ao lado da mesa. Ela se levantou quando me viu. "Você deve ser Lola."

"Sim, sou eu. Você é a Greta?" perguntei.

Ela sorriu, criando rugas profundas ao redor dos olhos e da boca. Seu cabelo era branco e estava preso em um coque no topo da cabeça. Algumas mechas soltas enquadravam seu rosto marcado.

"Entre, por favor, sente-se", ela disse.

Segui-a até a pequena mesa e peguei a cadeira ao lado da dela. Sem aviso, Greta segurou meu rosto, sua pele fina como papel estava fresca contra minhas bochechas e meus olhos se arregalaram de surpresa.

"Eu preciso te examinar bem", ela disse enquanto segurava uma mão em cada uma das minhas bochechas.

Meus olhos se moveram ao redor da sala enquanto eu ficava ali em um silêncio desconfortável, deixando-a segurar meu rosto. Ela se aproximou de mim, seu nariz a centímetros do meu, seus olhos estreitos.

Justo quando eu estava prestes a fazer ou dizer algo muito rude, ela me soltou. "Exatamente como eu pensei."

"O que exatamente você pensou?" perguntei.

"Seu lobo está pronto, mas você não está", ela disse.

"Desculpe?" Nada daquilo fazia sentido. Se eu pudesse ter mudado há muito tempo para escapar do meu próprio inferno pessoal, eu teria feito.

"Você adiou a mudança", ela disse. "Não é bom para o seu lobo."

"Não foi de propósito", expliquei. "Eu fui amaldiçoada."

"Sim, sim, eu ouvi. Mas as maldições só têm poder além de uma geração quando permitimos."

"O que isso quer dizer?" perguntei.

"Você foi a pessoa amaldiçoada?" ela perguntou.

"Eu não podia mudar. Eu nem sequer senti meu lobo."

"Mas a maldição foi colocada diretamente em você?" ela esclareceu.

"Você tinha um plano em mente, não tinha?" ela perguntou.

"Sim. Eu ia fugir", eu disse.

"Seu plano era fugir. Ser humano. Não mudar", ela disse.

Ela estava certa, é claro. Eu desisti de mudar quase uma década antes. "Eu não entendo."

"A magia das bruxas tem limites. Especialmente em nós. É por isso que eles nos odeiam. Somos sua criação, então podemos resistir. Você deve aprender a superar seu medo e abraçar seu verdadeiro eu", ela disse.

Mais fácil falar do que fazer. "Como?"

"Eu vou te ajudar, mas não será fácil", ela disse. "A questão é. Você quer ser capaz de mudar?"

"Claro que sim." Foi uma pergunta fácil de responder. Ela estava certa, eu me resignara a uma vida sem mudanças, mas, dada a escolha, eu aceitaria. A faculdade poderia esperar um pouco. Eu precisava disso.

A aba da tenda se abriu e uma criança de cerca de dez anos entrou correndo, sem fôlego. "Greta, por favor, venha rápido. É meu pai."

"Me leve até ele", disse Greta.