Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 203

"Alô?" Uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar chamou para a tenda.

Eu me levantei. "Alec?"

Ele abriu a aba. "Eu perguntaria se você está decente, mas não é como se eu não tivesse te carregado nua por três milhas."

"Espera, o quê?" Isso era novidade para mim. "Você disse que eu era um lobo quando me encontrou."

"Você era, assim como eu, mas você voltou ao normal assim que eu rosnei para você. Você precisa trabalhar na habilidade do seu lobo de se defender", ele disse.

"Bem, isso teria sido uma informação útil quando nos conhecemos", eu disse.

"Na verdade, você não poderia fazer nada com isso. Vou apostar que ainda não pode. Sheila disse que queria que você trabalhasse com Greta." Ele segurou um par de botas. "Ela também disse que você precisava disso."

As botas de combate pretas em suas mãos eram práticas, resistentes e pareciam que poderiam causar danos se eu precisasse chutar alguém enquanto as usava. Basicamente, eram os sapatos dos meus sonhos. Atravessei a tenda e peguei as botas dele. "Obrigada."

Um olhar rápido na etiqueta me informou que eram exatamente do meu tamanho. Eu não ia questionar minha boa sorte. Também havia um par de meias grossas enfiadas em uma das botas.

Sentei na cadeira e comecei a deslizar meus pés congelados nas meias e então comecei a amarrar as botas.

Alec limpou a garganta.

Parei no meio do laço e olhei para ele. "Gostaria de sentar?"

"Não, eu deveria ir. Há muito o que fazer", ele disse.

"Muito o que fazer no acampamento sem um alfa e sem regras?" Eu sorri.

Ele parecia que quase sorriu. "Nós, lobos selvagens, temos que voltar ao trabalho de comer bebês ou qualquer outra coisa que sua matilha pense que fazemos."

Revirei os olhos. "Primeiro, eles não são mais minha matilha. Segundo, eu não sei o que você faz no seu tempo livre."

"Não vou te dizer o que faço, mas prometo, não como bebês." Ele piscou.

"Você é algo, você sabe disso?"

"Obrigado", ele disse.

"Alguma outra coisa que você queira compartilhar sobre nosso primeiro encontro que eu possa querer saber?" Terminei de amarrar a primeira bota. "Geralmente gosto de saber o que aconteceu comigo enquanto eu estava nua."

"Confie em mim, não teve nada de íntimo nisso", ele disse.

"Ai. Você sabe exatamente como fazer uma garota se sentir especial."

"Salvar sua vida não foi o suficiente?" ele perguntou.

Amarrei a outra bota e então me levantei e peguei a camisa que ele me emprestou. "Foi. E mais uma vez, obrigada por me salvar. E pela camisa." Eu a estendi para ele.

Ele se aproximou de mim e pegou o flanela. Por um momento, ele ficou a um metro de distância de mim, apenas me olhando com aqueles lindos olhos de duas cores. Eles me sugaram e eu não pude deixar de encarar de volta. Eles realmente eram os olhos mais bonitos que eu já tinha visto.

"Eu deveria ir", ele disse.

"Ok, tchau", eu disse, ainda sem desviar os olhos dos dele. Os segundos pareciam se arrastar enquanto ficávamos ali, presos no olhar um do outro. Finalmente, ele se afastou e virou-se e saiu da tenda.

Soltei um suspiro e percebi que meu coração estava acelerado. Havia algo em Alec que me deixava completamente louca. Se eu fosse ficar por aqui, teria que ser cuidadosa. Ele era problema, isso estava claro. Além disso, ele era o líder. Mesmo que não usassem o termo alfa, era isso que ele era. Eu sentia uma atração magnética por ele. Deve ser a atração pelo alfa que outros shifters falavam. Eu nunca senti isso em Wolf Creek, mas eu devia ser capaz de sentir agora.

A aba da tenda se abriu e, por um momento, borboletas encheram meu peito de expectativa esperançosa. Elas caíram quando Sheila entrou pela porta. Meus ombros afundaram.

Ela riu. "Talvez eu faça isso mais tarde. Greta está nos esperando."

"Agora? Eu nem lavei o sangue e já faz dias desde que comi uma refeição completa." Eu mataria por um banho e um hambúrguer agora.

"Greta primeiro", ela insistiu. "É muito melhor tomar banho à noite quando não há multidão no lago. A menos que você queira uma multidão."

"Não, obrigada. Vou esperar."

"Está bem. Então está decidido." Ela abriu a aba da tenda e saiu.

Sheila não ia aceitar um não como resposta, então a segui em silêncio para fora da tenda e de volta para a área comum. Estava cheia agora. As crianças corriam e gritavam, os adultos estavam sentados em círculos de cadeiras, outros estavam cozinhando ou jogando vários jogos. As coisas por aqui pareciam bem tranquilas na maior parte do tempo.

"Quem é essa Greta?" perguntei.

"Ela é como a avó do acampamento," disse Sheila. "Ela é a shifter mais velha aqui e sabe de tudo. Uma tarde com ela é melhor do que anos em uma sala de aula. E ela está louca para te conhecer."

Nunca conheci minha avó. Ou meu avô. E pelo que ouvi, meu avô enlouqueceu e se matou. Ele não parecia estar transmitindo conhecimento para as gerações mais jovens. Como teria sido ter anciãos dos quais eu poderia ter aprendido?

Meu estômago se contorceu de expectativa nervosa. Eu estava animado para conhecer Greta, mas preocupado por não ser bom o suficiente. Eu não era exatamente um shifter normal. "Você tem certeza disso?"

"Absolutamente." Sheila parou na frente de outra tenda verde. Algumas caixas de flores cor-de-rosa em fileiras arrumadas estavam montadas de cada lado da entrada. Criava uma atmosfera confortável e acolhedora.

"Vá, ela está te esperando."

Fiquei hesitante, olhando para a aba da tenda de lona.

Sheila me deu um empurrão gentil. "Está tudo bem."