Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 127

César encontrou meu olhar, e seus olhos estavam tão complexos que era difícil descrever.

Talvez ele mesmo não soubesse como descrever seus sentimentos naquele momento.

Afinal, ele sempre acreditou firmemente que eu havia prejudicado Paloma de maneira maldosa.

Agora, de repente, o mundo dele desmoronou.

Nos últimos dias, ele provavelmente não descansou muito. Seus olhos, que uma vez brilhavam como obsidiana, agora estavam vermelhos e cheios de veias sanguíneas. Ele não parecia mais tão elegante e cheio de energia como antes.

Se eu fosse a pessoa que era antes, ao ver ele assim, provavelmente ficaria profundamente comovida.

Mas, infelizmente, eu não sou mais a mesma.

Ao vê-lo assim, meu coração permaneceu calmo, sem nenhuma emoção.

Quando eu pensei que ele, de qualquer forma, deveria me pedir desculpas, ele deu um passo largo em minha direção e agarrou meu braço.

"Via, será que há algum mal-entendido aqui?"

Ao ouvir isso, não pude deixar de rir.

Não pude deixar de sentir pena da antiga eu.

Quando Paloma disse que eu a droguei para que o pai do César a violentasse, ele nem sequer me perguntou e acreditou imediatamente.

Agora, com as provas claras e a polícia tendo prendido os envolvidos, ele ainda pergunta se há algum mal-entendido.

E ainda assim ele diz que não ama Paloma.

Eu realmente não sei como ele entende o amor.

Retirei minha mão com indiferença, "Se é um mal-entendido ou não, você pode perguntar à polícia."

Antes que ele pudesse dizer algo.

Paloma, como se tivesse acabado de perceber a situação, gritou para César em prantos: "irmão César, me salve..."

"Me salve..."

Seu choro fez com que César imediatamente deixasse de falar comigo e corresse em direção a Paloma.

"Não tenha medo, estou aqui."

Especialmente usando sua própria honra, sua vida, para incriminar Via.

Que garota no mundo usaria sua própria honra e vida para prejudicar alguém?

Vendo César acreditar tanto em Paloma, tão ansioso para protegê-la.

A antiga eu poderia ter ficado magoada com isso.

Magoada por ele ter me entendido mal, e por causa desse mal-entendido, ter me machucado repetidamente, agora que a verdade foi revelada, ele não sentia nenhum remorso, mas sim defendia Paloma imediatamente.

Agora, eu não me importo. Dei de ombros, "Se ela é inocente, diga isso à polícia, investigue, não precisa me dizer nada."

César, que queria dizer algo mais, encontrou meus olhos frios e não conseguiu pronunciar uma única palavra a mais.

Nesse momento, minha mãe e meu irmão, que haviam recebido a notícia, chegaram.

Minha mãe, ao me ver, veio em minha direção com raiva!

"Você causadora de problemas, o que está fazendo agora? Prejudicar Paloma não foi suficiente, agora quer prejudicar seu pai também?"