Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 168

Nós dois não percebemos que alguém havia tirado fotos de nós entrando juntos no hotel.

Cheguei ao quarto do hotel, me lavei e me preparei para dormir.

César me ligou.

Inicialmente, eu não queria atender, mas, após pensar melhor, resolvi atender.

"Via, por que você não está em casa?"

César pensava que, depois que saímos, eu tinha voltado para casa. Ele foi até lá com a esperança de me encontrar, mas descobriu que eu não estava.

Respondi friamente, "O que importa a você se eu volto ou não para casa?"

Não conseguia entender como ele podia agir assim, depois de tudo o que tinha feito.

"Via..."

Ele mal começou a falar e eu o interrompi.

"Não me chame assim! E pare de fingir esse sentimentalismo. Se você não se sente enjoado, pelo menos respeite a capacidade dos outros de suportar tanta falsidade!"

César tentou se justificar, "Via, eu não estou fingindo."

"Não está fingindo? Sua nova empresa não surgiu do dia para a noite. Esvaziar a empresa atual deve ter levado um bom tempo, certo?"

Refletindo calmamente, pensei em muitas coisas.

Atendi a ligação para tentar arrancar informações dele, então direcionei a conversa para o assunto da nova empresa.

Esvaziar uma empresa, especialmente uma em pleno crescimento e forte em todos os aspectos, não é algo que se faz da noite para o dia.

Portanto, ele já estava planejando isso há tempos, não é?

Percebendo o que eu estava pensando, César apressou-se em dizer, "Não é isso, querida, eu nunca quis te prejudicar. Você sabe que há vários acionistas na empresa que sempre agem de má fé. Não importa o quanto eu tente convencê-los, não adianta."

"Eles se recusam a liberar suas ações, o que impede o crescimento da empresa."

"Foi por causa deles que planejei a nova empresa!"

Ele pretendia esperar o momento certo para sair sem deixar rastro, invalidando as ações deles e impedindo que causassem mais danos.

Não esperava que isso acabasse envolvendo sua esposa.

As palavras de César trouxeram à minha mente uma série de imagens.

Ao confirmar que ele realmente estava agindo por causa dos acionistas, procurei obter mais informações de forma sutil.

"O senhor deveria..." A Sec. Santos estava prestes a dizer mais alguma coisa, mas, diante do olhar gelado de César, não ousou continuar.

Ela achava que seu chefe era perfeito em todos os aspectos, uma presença quase divina.

Exceto por esse lado emocional.

Era um pouco frustrante.

Afinal, era apenas uma mulher. Como poderia ser mais importante que os negócios?

Se ele tivesse coragem de não contar nada a Via e simplesmente se divorciasse...

A transição da empresa seria perfeita.

A nova empresa logo daria um salto, e se tornar o mais rico do pais seria questão de tempo.

Mas, o presidente...

Pensando nisso, ela, que estava a caminho de casa, deu meia-volta e foi para o hospital.

Agora, só a Srta. Campos poderia resgatar o presidente desse dilema emocional.