Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 225

"Irmão César, eu não difamei a irmã, eu apenas... eu apenas, através de vários sinais, achei que fosse a irmã..."

Antes que ela pudesse terminar a frase, César a interrompeu com severidade, "Chega, Paloma! A confiança que tenho em você como se fosse da minha família não é para que me faça de bobo!"

Eles praticamente cresceram juntos desde o nascimento, criados pela mesma mãe, e ele realmente a considerava uma irmã de verdade.

Mas ela, no entanto...

"Irmão César, eu realmente..."

Paloma ainda tentou explicar algo.

Mas César, sem querer ouvir mais nada dela, mandou que a tirassem dali.

A minha inocência, as feridas que sofri, tudo isso claramente mostrou a ele quantas vezes Paloma o enganou ao longo dos anos.

Também o fez perceber que a maneira como Paloma me difamava e tentava minar a relação entre nós dois não era completamente por ela ter achado que eu a prejudicara.

Nunca foi sobre eu não querer que ela fosse feliz, mas sim sobre ela não querer que eu fosse.

Mesmo assim, apesar de tudo, a amizade de infância fez com que César não questionasse o que aconteceu no passado, ainda acreditando firmemente que Paloma não subiu na cama do pai de César por vontade própria e que o vídeo do suposto flagrante não foi gravado intencionalmente por Paloma.

Arrastada para fora, Paloma gritava inconformada, "Irmão César, eu fiz isso pelo seu bem! Não entregue todos os seus bens para Via!"

"Se você der tudo para Via, ela pode encontrar outro homem e se casar novamente, e você não só ficará sem nada, mas terá que trabalhar duro para sustentá-la e ao marido dela, e até mesmo os filhos que ela tiver com ele!"

"Irmão César, você precisa, precisa pensar bem nisso!"

Embora César não confiasse mais tanto em Paloma...

Ainda assim, ouvir aquelas palavras fez seu coração apertar e doer de forma incontrolável!

Ele não ousava imaginar, sequer pensar.

Que um dia eu pudesse encontrar outro homem.

Que eu pudesse ter filhos com outro!

Isso era algo que ele jamais poderia aceitar, nem mesmo em morte!

Mas, não importava como meu coração reagisse, ele ainda era governado pela minha mente fria e calculista.

Então, depois de confirmar várias vezes que o contrato não tinha problemas, assinei e carimbei.

Em seguida, fomos imediatamente ao Cartório.

O funcionário, ao ver nosso acordo de divórcio, onde o homem saía sem nada, e ainda por cima tão bonito e elegante, não resistiu a aconselhar.

"Moça, seu marido parece ser um ótimo homem, e com tanta gente no mundo, chegar a se tornar um casal não é fácil. Você não quer reconsiderar?"

Eu sorri e respondi, "Não, obrigada."

As pessoas só veem a superfície; a verdadeira temperatura de um casamento, só quem vive sabe.

Então, o funcionário olhou para César.

César queria ainda menos que nos divorciássemos, mas ele sabia que não tinha escolha.