Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 243

Olhando para a pilha de documentos ao lado de César, ele não pôde deixar de soltar um riso sarcástico, "Ah, César, você não apenas está deixando aquele bonitão gastar o dinheiro que você lutou tanto para ganhar, mas também vai trabalhar para sustentar a família dele!"

"César, desde quando você se tornou um guerreiro do amor tão puro?"

César observava as fotos no celular, sem dizer uma palavra.

No entanto, sua mão direita, que segurava a caneta, apertava com tanta força que quase a quebrou.

O temperamento indomável de César não o permitia ser alguém que abaixasse a cabeça e suportasse passivamente.

Mas, no momento, ele não tinha escolha nem o direito.

Até recuperar minha memória.

Ele só podia suportar.

"César, eu sei que você se sente culpado pela grave lesão da Via e quer compensá-la, mas é realmente essa a forma de compensação que você deseja?"

"Ver ela feliz e apaixonada com outro homem e ainda ter que trabalhar arduamente para sustentar o homem dela e os filhos que ela teve com ele?"

César ainda não respondeu, mas a caneta em sua mão se partiu ao meio.

"Eu sei que, com a determinação de Via, César, você não pode recuperá-la agora."

"Já que não pode recuperá-la, e se você não consegue deixá-la ir, acho que não deveria dar todo o dinheiro a ela e deixá-la voar, e sim cortar suas asas, para que ela só possa ficar ao seu lado!"

"O tempo é o melhor remédio para curar tudo."

"Cunhada pode não perdoá-lo agora, mas isso não significa que nunca o perdoará. Desde que ela esteja sempre ao seu lado, você terá a chance de ser perdoado um dia."

"Mas se você deixar cunhada ir e ficar com outro homem, nunca terá essa chance."

"César, pense bem, você realmente consegue suportar ver cunhada com outro homem, casando, tendo filhos, deixando outro homem dormir com cunhada?"

Cada palavra de Rodrigo era cheia de imagens vívidas.

E cada uma dessas imagens era o que César mais temia e não conseguia suportar ou permitir que acontecesse.

Isso fazia com que as veias em suas mãos, que estavam firmemente apoiadas sobre a mesa, inchassem de forma assustadora.

"César, você sabe que ainda não é tarde demais. Você pode fazer a empresa falir e depois transferi-la para suas mãos. Ainda há tempo."

"Se não, quando cunhada amar outro homem, você não terá nada!"

"Corte as asas dela, force-a a ficar ao seu lado! Eu sei, César, que no fundo você quer isso!"

Rodrigo conhecia César, sabia de sua loucura potencial.

Ele achava que César não deveria reprimir-se, mas sim liberar a fera dentro dele, amar de forma impositiva.

E não de forma permissiva.

Esses dias, vendo-me tão próxima de Rafael...

De fato, uma fera crescia dentro do coração de César.

Então, no final, sua razão venceu a fera dentro dele, "Não posso prendê-la, prendê-la só a afastará cada vez mais de mim."

"Via só está sendo tão implacável porque perdeu a memória. Quando ela recuperar a memória e lembrar o quanto me ama, ela voltará para mim!"

Rodrigo ficou surpreso ao ouvir César dizer que eu tinha perdido a memória, esquecendo assim o amor que sentia por ele, o que explicava minha decisão tão firme e aparentemente cruel.

Algo que sempre me intrigava, de repente, ficou claro como água.

"Não é à toa! Não é à toa que ela conseguiu ser tão fria com você, César. A razão é que ela perdeu a memória! Eu sempre me perguntei, como alguém que amava tanto o César poderia mudar de repente, deixar de amá-lo assim, do nada!"

"Se for esse o caso, não vou mais me preocupar! César, apenas espere! Quando ela recuperar a memória, com certeza ela vai se arrepender amargamente e implorar para reatar o casamento com você!"

Rodrigo, que antes estava preocupado que eu pudesse ter fugido com o dinheiro do César para ficar com outro homem, ficou aliviado ao saber que eu tinha perdido a memória.

Ele acreditava que, dado o quanto eu era apaixonada e dedicada antes, se eu me lembrasse de César, ele não precisaria fazer nada.

Eu voltaria correndo para os braços de César, sem hesitar.

"Eu sabia que havia uma razão para você, César, estar tão tranquilo, agora tudo faz sentido!"

...

A vovó foi conosco para as férias.

Vendo Rafael carregando várias malas por nós, sempre se antecipando e fazendo as tarefas sem que precisássemos pedir, a vovó me cutucou levemente, "Esse rapaz é bom, viu? Além de ser bonito, é trabalhador e atencioso."