Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 244

"Considere ele para um segundo casamento!"

Eu suei um pouco.

Meu certificado de divórcio ainda nem tinha esfriado, e minha avó já estava pensando em um segundo casamento.

Vendo que eu não respondia, ela me cutucou e sussurrou, "Estou falando sério, pense nesse rapaz, ele parece ser muito bom!"

"César foi um canalha, mas você não deve deixar que um canalha te faça temer o casamento. Não importa o que aconteça, as pessoas devem se casar e ter filhos."

"Senão, quando você ficar velha, vai estar sozinha e desamparada."

Minha avó realmente se preocupava comigo, temia que eu não fosse feliz casada, mas também temia que eu não fosse feliz se não casasse.

Temia que eu ficasse sem ninguém para cuidar de mim na velhice.

Eu entendia a preocupação da minha avó e o pensamento tradicional de que na vida deve-se casar e ter filhos.

Mas, além do fato de que eu acabara de sair de um casamento e não tinha intenção de entrar em outro, Rafael não era uma opção!

Ele era praticamente meu irmão mais novo.

Nem os coelhos comem a grama ao redor do próprio buraco!

Eu estava prestes a dizer algo quando minha avó pareceu ter uma nova ideia: "Se você realmente não quiser se casar, tudo bem, mas precisa ter um filho, e se for ter um filho, que seja com alguém bonito! Esse rapaz é bem bonito!"

Era claro que a primeira impressão da minha avó sobre Rafael foi sua aparência. Ela era uma apreciadora de beleza!

Sorri e disse, "Vovó, eu entendo o que a senhora está dizendo, vou pensar sobre isso."

"Mas não considere esse rapaz, ele é como um irmão para mim, eu o vi crescer, não poderia ter nada com ele."

Antes que minha avó pudesse continuar, eu a abracei e mudei de assunto.

Depois que saímos, Rafael pensou na minha frase "ele é como um irmão para mim, não poderia ter nada com ele" e seus olhos brilhantes se tornaram um pouco sombrios.

Despreocupada com os pensamentos de Rafael, Célia o abraçou pelo pescoço.

"Ei, irmãozinho, por que está sonhando acordado? Vamos embarcar!"

Na noite passada, Célia passou a noite toda vendo guias de viagem e mal podia esperar para aproveitar na ilha.

Enquanto muitos leem guias de viagem para ver as paisagens, Célia estava mais interessada em saber onde havia lojas de modelos masculinos e onde encontraria mais rapazes bonitos.

Aquela praia estava repleta de homens com abdômens definidos.

De Cidade Nuvem até Taiti, leva mais de dez horas de voo.

Dormimos profundamente no avião, então, apesar da longa viagem, não nos sentimos muito cansados ao desembarcar.

Depois de chegarmos ao hotel e trocarmos de roupa, Célia estava pronta para nos levar para uma festa.

No entanto, Rafael recebeu uma ligação urgente e precisou voltar para casa imediatamente.

Mesmo ao entardecer, sem o sol refletindo, a água do mar continuava incrivelmente bonita.

A temperatura estava tão agradável que até eu, que não sou muito fã de água, senti vontade de me aproximar e molhar os pés.

Estava prestes a tirar os sapatos e levantar-me para entrar na água, quando de repente percebi algo flutuando nas ondas.

Franzi a testa e, instintivamente, estreitei os olhos para observar melhor.

Quando percebi que aquilo parecia uma pessoa, me assustei e corri em direção à praia sem pensar.

Ao me aproximar, constatei que, de fato, era uma pessoa!

As ondas pareciam querer empurrá-lo para a areia, mas a cada arrebentação, ele era levado de volta para o mar.

Ele continuava a ser jogado de um lado para o outro na água.

Meu instinto foi gritar por ajuda, mas não havia ninguém por perto.

A área de vilas deste hotel é conhecida por ser extremamente tranquila, sem perturbações.

Foi exatamente essa característica que me atraiu ao hotel, mas agora se tornara a maior desvantagem.

Se eu corresse de volta para pedir ajuda, provavelmente, quando retornasse, a pessoa já estaria morta.

Agarrei minhas roupas com força, sentindo a urgência da situação.