Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 268

O cruzeiro já estava em águas internacionais!

Eu conhecia a pessoa que me sequestrou.

Era um investidor chamado Sávio, que havia procurado nosso laboratório anteriormente. Eu sempre soube que ele tinha intenções duvidosas e, como não precisava de dinheiro, recusei todas as suas propostas de investimento.

"Srta. Neto, você é realmente um gênio, criando milagres em apenas um ano. Entretanto, usar seus resultados incríveis para ajudar pessoas paralisadas é um desperdício."

"Por que você não trabalha conosco, Srta. Neto? Vamos ganhar muito dinheiro juntos!"

Sávio era exatamente o tipo de pessoa que eu suspeitava: perigosa e sem escrúpulos.

Ele fazia parte de uma organização criminosa poderosa que queria que eu usasse minha pesquisa para desenvolver um chip capaz de controlar o sistema nervoso central das pessoas, facilitando a infiltração de agentes em diversas regiões.

Isso tornaria suas atividades criminosas muito mais fáceis.

"Isso é impossível!"

Além da dificuldade técnica de criar tal chip, eu jamais participaria de atividades ilegais.

"Srta. Neto, não se apresse em me recusar. Seu professor também está em nossas mãos. Se não quiser que algo de ruim aconteça com ele, é melhor colaborar conosco."

Meus olhos escureceram de raiva.

Sem saber onde meu professor estava sendo mantido, não pude fazer nada impulsivo.

À noite, enquanto me revirava na cama, incapaz de dormir, perguntava-me onde cometi um erro que me levou a ser sequestrada.

Estava pensando em maneiras de escapar.

A porta do meu quarto foi aberta suavemente.

Imediatamente, fiquei em alerta máximo.

Conforme os passos furtivos se aproximavam, meu nervosismo aumentava.

Preparei-me para atacar.

Seis meses atrás, fiz uma cirurgia para retirar pinos e placas de metal. Agora, estou mais forte do que nunca, não sou mais a frágil "boneca de porcelana" que temia qualquer confronto.

Quando a pessoa se aproximou da minha cama, pronta para me tocar, desfiro um chute rápido.

Enfrentar diretamente não era uma opção.

Assim, tivemos que sair discretamente da cabine, chegar ao convés, pular e nadar até o barco rápido que César havia preparado.

Isso me deixou preocupada com meu professor.

César me assegurou em voz baixa que não havia motivo para preocupação, pois as pessoas resgatando meu professor eram exímias nadadoras e garantiriam sua segurança.

Enquanto ele falava, não pude evitar olhar para ele.

Na escuridão, seu rosto firme e voz calma me transmitiam uma sensação de segurança.

Meus sentimentos estavam confusos.

Quando finalmente deixamos a cabine e estávamos prestes a nos encontrar com o professor.

O alarme estridente do cruzeiro soou.

Fomos descobertos!