Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 438

Eu não queria mais me envolver com ele.

Mas, tendo filhos, estaríamos ligados para sempre.

Isso não era o que eu desejava.

Eu não queria viver uma vida de angústia e dor.

Apenas ter uma relação com o César não significava muito, considerando que, comparado a ser violentada por aquele grupo criminoso, até poderia ser visto como uma sorte.

Entretanto, ter filhos...

Isso... realmente...

Quanto mais eu pensava, mais eu não sabia o que fazer, minha cabeça latejava de dor.

Após noites sem dormir, rolando na cama por vários dias, eu finalmente me obriguei a decidir não ter esse filho.

Eu realmente detestava, odiava, aquela angústia e dor.

E não queria mais me afundar em um amor do qual não conseguisse escapar.

Eu queria que minha vida futura fosse ensolarada e positiva.

Com medo de mudar de ideia, de hesitar novamente, eu me obriguei a tomar essa decisão e fui ao hospital disfarçada.

Mas quando cheguei ao hospital, vendo aquelas gestantes com expressões tão felizes e esperançosas, observando o carinho com que tocavam suas barrigas... meu corpo começou a tremer involuntariamente.

Especialmente quando o médico me disse que eu estava esperando gêmeos, eu tremi descontroladamente.

Tremi de um jeito que não conseguia manter a firmeza que tinha antes de chegar.

Segurando o ultrassom, sentei-me desolada em uma cadeira do hospital.

Minha mente estava um caos, como se um turbilhão passasse por ela, sem saber o que pensar ou o que poderia pensar.

Até que, uma mulher se sentou ao meu lado.

Quando ela, por acaso, viu no meu ultrassom que eram gêmeos, disse com inveja: "Irmãzinha, você é realmente sortuda, são gêmeos, ao contrário de mim que não consigo engravidar nem de um."

"Já estou tomando remédios há mais de seis meses, fiz todos os tipos de exames, mas simplesmente não consigo engravidar."

Enquanto falava, lágrimas escorriam pelo rosto dela.

Olhando para ela.

De repente, lembrei-me de como eu mesma já desejei tanto engravidar.

Por não perceber que estava grávida e perder o bebê acidentalmente, me senti extremamente culpada, desejando intensamente que meu filho pudesse voltar. Quando meu corpo melhorou e eu pude engravidar novamente, fiz de tudo, de tudo para engravidar novamente.

Voltei para casa.

Fiquei em casa, atordoada, por mais de uma semana.

Não sei como acabei ligando para César.

Não sei se era por causa dos hormônios da gravidez.

Ou se, no fundo do meu coração, eu nunca conseguia realmente deixar César para trás, decidi dar a ele a última, última chance.

Meu pai pode curar a toxina no corpo da Gina.

Com ele por perto, Paloma não tem mais utilidade.

Se César realmente for capaz, como ele disse, de entregá-la à prisão com suas próprias mãos...

Então eu deixaria para trás toda a dor do passado.

Não me sentiria mais tão angustiada e dolorida.

Contaria a ele sobre a gravidez.

Daria a ele, e às crianças, um lar.