Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 62

Ela me deu um sinal de positivo: "Lindo!"

Eu sabia que ela estava me elogiando, mas a única pessoa que eu realmente esqueci foi o César.

Quem diria, não é? Eu o esqueci, e esqueci lindamente!

"Bom, não vamos falar daquele cachorro. Hoje é seu aniversário, e precisamos celebrar em grande estilo!"

Hoje, vou mimar minha querida Célia e torná-la a princesa mais feliz do mundo!

Eu tinha acabado de dar um passo à frente com Célia em meus braços quando um baque veio de trás de mim!

O som de algo pesado batendo no chão!

Instintivamente, nos viramos para olhar, mas vimos um vaso de flores muito pesado se espatifando no local onde estávamos.

O vaso, quebrado em mil pedaços, deixou nossos rostos pálidos em um instante!

Nem queremos imaginar o que teria acontecido se não tivéssemos dado aquele passo.

Um vaso tão pesado, se caísse em nossas cabeças, quem se despedaçaria seríamos nós!

Célia olhou para trás, ergueu a cabeça e estava prestes a gritar quando duas crianças desceram correndo as escadas.

Pareciam ter menos de 12 anos.

Eles choravam copiosamente, pedindo desculpas enquanto se curvavam, dizendo que tentavam levar o vaso do terraço para dentro e, por acidente, ele caiu.

Eles estavam mais assustados e angustiados do que nós, as vítimas.

Eram apenas crianças.

Não havia muito o que dizer, apenas avisamos para terem cuidado no futuro, pois desta vez ninguém se machucou, mas na próxima poderia ser um desastre!

As duas crianças choraram e prometeram que nunca mais se atreveriam a fazer isso de novo.

Não dissemos mais nada e saímos do local.

Achando que se tratava apenas de um acidente, não percebemos que, no carro do outro lado da rua, um homem estava furioso ao ver que o vaso não nos atingiu, quase destruindo o volante com raiva.

Tanto Paloma quanto Clarinda me viram e os sorrisos em seus rostos diminuíram instantaneamente.

"Via, sua vadia, como você ousa aparecer na minha frente?"

Eu sempre ignoro os latidos de Clarinda, então voltei minha atenção para a atendente e entreguei meu cartão para finalizar a compra.

Clarinda, ao ver que eu estava prestes a comprar algo que Paloma queria, agiu como se tivesse encontrado algo contra mim e gritou para a porta, "Irmão, venha aqui rápido!"

"Via, essa desgraçada, está tentando roubar a peça da irmã Paloma!"

César, que acabara de entrar após a ligação, ficou surpreso ao me ver.

Eu levantei uma sobrancelha.

Suspirei.

Eu realmente subestimei o nível de canalhice dele! Pensei que ele não voltava para casa por vergonha de me encarar.

Afinal, ele estava ocupado com sua namorada, Paloma!