Assim que o elevador abriu a recepcionista engoliu um gritinho de surpresa ao ver os dois jovens saindo para o saguão. O grande e forte usava apenas uma cueca box preta, o menor usava as roupas do grandão, roupas que ficaram enormes nele. Ela sentiu o rosto formigar de reprovação.
O carro deixou o hotel como uma águia veloz, cortando pelas ruas nobres da cidade, em menos de dez minutos deixando tudo para trás, substituindo a paisagem urbana pelo verde dos campos e o cinza e marrom das montanhas. Christian olhava para Simon a cada estante. Estava torcendo para o Conselho não querer ver lo também.
A mansão surgiu a frente, protegida pelos muros altos com guaritas, Christian se identificou na primeira e entrou pelo caminho que cortava os imensos jardins, estacionou na guarita de entrada da garagem, sinalizou para Simon sair e entregou as chave a um dos seguranças que olhou impassível para a cena a sua frente.
Christian segurou a mão de Simon, ambos cortaram caminho pelo gramado do jardim. Christian viu fileiras de carros parados em frente a entrada, alguns motoristas conversavam curiosos em uma roda. Ao verem Simon e Christian se calaram e desviaram o olhar.
—O que diabos é isso?!— Elliot indagou assim que viu o filho só de cueca.
—Christian suas roupas— James olhou desapontado para o filho.
—Esta com Simon— Simon deu um oi envergonhado para os sogros— Rasguei as roupas dele noite passa— Disse em um meio sorriso.
—Rasgou?— James franziu a testa— Porque?
—Querido, melhor não saber— Elliot disse captando o olhar de Christian. Eles haviam transado, pensou Elliot. O que o Conselho vai dizer disso.— James leve Simon para cima e providencie roupas, por favor. Christian suba e vista algo e me encontre no meu escritório.
…
Matthew estacionou na garagem subterrânea da sua casa. O local mais parecia uma caverna fria. Subiu pelo elevador até o escritório do pai. Oto estava com uma pasta em mãos e vários papéis.
—Onde esteve?— Perguntou sem levantar a cabeça.
—Estavam com Thomas. Pai, precisamos conversar.
Dessa vez o pai olhou para o filho. Matthew sabia que o pai entendia o que estava prestes a acontecer.
—Não posso deixar Thomas de lado por causa de um ritual que pessoas do passado criaram. Eu nem queria isso. Não vou abrir mão da pessoa que gosto porque vocês querem— Disse calmamente, as mãos nos bolsos.
Oto fechou a pasta e a pôs sobre a mesa. Cruzou os braços e olhou para para o filho novamente.
—A decisão é sua. Sua parte nas empresas será de Thomas. Você viverá a custa dele. É isso que quer?
—Não vejo problema nisso— Deu De ombros— De certa forma a empresa também será minha quando nos casarmos. Eu confio nele, pai.
—As coisas não são simples assim. Esse menino aceitou ser Submisso em troca de dinheiro.
—Verdade. E ele tem os motivos dele. Eu o entendo. Porém, minha decisão foi tomada, não irei voltar atrás.
Oto assentiu com a cabeça e pegou a pasta e entregou a Matthew.
—Faça-o assinar isto. Depois não haverá volta. Ele também terá de ser apresentado perante o Conselho. Darei o comunicado ainda hoje— E suspirou— Já posso imaginar até o alarde.
Matthew assentiu segurando a pasta com força.
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