Quanto mais Claudia pensava, mais ódio sentia. Apesar dos esforços de todos para detê-la, continuou com seu ataque de fúria.
Pedro, a quem Arthur telefonou e pediu que fosse para lá fora do horário de trabalho, estava de pé à porta do quarto. Observou em silêncio a pessoa do lado de dentro em fúria e jogando coisas.
Encostou-se à parede com os braços cruzados. Quando viu a cena, agitou a cabeça exasperado.
Como sempre, Claudia está fingindo gentileza.
Ainda assim, o ferimento em sua testa era grave, e o médico até disse que deixaria uma cicatriz considerável, então Pedro teve um pouco de pena dela.
Afinal, uma cicatriz podia afetar a autoestima de uma mulher.
No entanto, quando se lembrou de que Victoria estava grávida, sua pena pela mulher hospitalizada se desfez em um instante.
As cúmplices de Claudia continuaram dizendo a Arthur que tinha sido Victoria quem a empurrou, razão pela qual caiu e se machucou.
O assistente ficou furioso só de ouvir. Victoria pretendia enfrentar uma gravidez sozinha, como poderia empurrar alguém escada abaixo?
E mesmo que tenha empurrado, devia ter uma boa razão para isso.
Pedro sempre favoreceu a esposa de seu chefe, não gostava de Claudia e suas amigas.
Enquanto ponderava, uma delas se virou e olhou para ele de repente.
“Ei, você, onde está seu chefe? Ligue para o Sr. Cadogan.”
O tom e a maneira como se dirigiu a ele fizeram-no franzir a testa descontente.
“Está pensando na morte da bezerra? O Sr. Cadogan o mandou vir ajudar, mas olhe para você! Não fez nada além de ficar aí parado. Está vivo?”
A pessoa que falava não era outra senão a mal-humorada Elaine.
Estava fora de si porque Arthur a tinha expulsado da festa, mas agora que Claudia estava ferida, tinha esquecido todos os seus problemas.
Seus problemas não eram nada se comparados à lesão de sua amiga.
O semblante de Pedro ficou mais sério.
“O que disse?”
“Disse alguma coisa errada? Devo repetir a pergunta?”
O assistente sorriu com sarcasmo. O grupinho o enojava, e, agora que as coisas chegaram àquele ponto, não tinha mais motivos para ficar.
Deu as costas e foi embora com um olhar irritado.
“Aonde vai? Pode parar! Eu mandei parar! Estou falando com você!”
Porém, por mais alto que gritasse, Pedro seguiu em frente e partiu como se não a tivesse ouvido.
Quando o assistente se foi, Elaine reclamou com incredulidade: “O que há de errado com aquele cara? O Sr. Cadogan pediu que viesse ajudar, mas o que ele fez? Ficou ali parado sem fazer nada e foi embora! Claudia, acha que aquela mulher seduziu Arthur? Até o funcionário dele te trata mal.”
Claudia, que estava furiosa há pouco, acalmou-se quando prestou atenção às palavras de sua amiga. Virou-se para Elaine.
“O que disse?”
Seus olhos ainda estavam vermelhos e inchados de tanto chorar, assustando-a.
A mulher respondeu: “Estou errada? Mandei aquele cara ligar para o chefe dele, mas ele me ignorou e foi embora.”
Ao ser informada, lembrou-se de que, antes de ir embora, Arthur pediu que Pedro viesse para o hospital.
No entanto, como Arthur não estava por perto, não se preocupou com o rapaz e acabou esquecendo-se da presença dele, por isso deu aquele chilique.
Como Elaine lembrou-a, Claudia percebeu o erro que tinha acabado de cometer. O assistente de Arthur foi embora. Será que vai contar o que eu fiz?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...