Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 42

Era como se fosse aquela noite de loucura, aconchegada em seus braços.

Jaques, confuso e sem saber ao certo o motivo, ergueu a mão, quase tocando o seu rosto, mas, ao chegar perto de sua pele, hesitou.

Por fim, abaixou a mão.

Nesse instante, uma mensagem apareceu na tela do celular.

Jaques franziu ligeiramente a testa, levantando-se para sair.

...

Adriana estava exausta.

Desde que recomeçou, seus nervos estavam sempre à flor da pele, o tormento mental a fez dormir de maneira inquieta.

Especialmente porque sentia que alguém a observava.

Entre sonhos e realidade, ela podia jurar que via alguém à janela, segurando um cigarro aceso.

A luz tremeluzente não permitia ver o rosto com clareza.

Mas, ao abrir os olhos, ela se deparou com uma policial amigável.

Ao notar que Adriana havia acordado, a policial logo explicou seu propósito: "Bom dia, sou a policial responsável pelo seu caso. Vim aqui porque precisamos esclarecer algumas coisas."

"Sim" - Adriana se esforçou para se sentar: "O que aconteceu?"

A policial hesitou por um momento antes de dar a notícia: "Adriana, sinto muito, mas o homem que feriu Eunice foi diagnosticado com esquizofrenia. Por isso, o seu depoimento perdeu o valor legal. Você está livre de problemas, e ele será transferido para um hospital psiquiátrico, pois a Sra. Amaral decidiu não prosseguir com a acusação."

"Como alguém aparentemente saudável pode de repente ter esquizofrenia?"

Adriana empalideceu, incapaz de aceitar aquele desfecho.

Ela sabia que, se investigassem a fundo, Eunice estaria envolvida de alguma forma.

A policial suspirou, tentando suavizar a situação: "Os documentos estão em ordem, com autenticação oficial. Não há muito o que discutir."

Adriana percebeu o peso por trás da fala da policial.

Para que algo fosse tão oficialmente validado, só poderia ter vindo de alguém com grande influência.

Após a conversa, Adriana se deitou novamente, distraindo-se com o celular.

Foi então que uma foto enviada por Eunice apareceu.

Na imagem, Eunice estava deitada na cama do hospital, com Jaques sentado ao seu lado, cuidando dela com todo o cuidado.

E outro homem na foto era Romario.

[Assim que mencionei que minha mão estava doendo, alguém chamou um especialista renomado para me atender ainda durante a noite.]

Desligando o celular, Adriana olhou para sua própria mão e riu amargamente.

Pouco depois, o médico veio para uma nova consulta, e Adriana pediu para ser liberada.

O médico preocupado sugeriu: "Sra. Guerreiro, seria melhor ficar sob observação por alguns dias. Sua mão não pode sofrer mais complicações, ou até mesmo escrever se tornará um desafio."

"Eu vou ter cuidado."

Adriana insistiu em ser liberada, pois tinha assuntos mais importantes a resolver.