“Essas pegadas são pequenas demais. Não parecem do James... Será que alguém salvou ele?”
Os homens soltaram risadas baixas e sinistras.
“Olha só que interessante. Alguém veio morrer junto com ele!”
“Uma mulher, hein... Depois de todo o trabalho que tivemos, quando acharmos o James, ela vai ser um bônus e tanto.”
“É, essa intrometida devia ter ficado na dela. Eu mesmo vou acabar com ela!”
A pele de Lily se arrepiou ao ouvir aquelas vozes cruéis e maliciosas.
Ela conseguiu distinguir pelo menos uma dúzia de vozes diferentes. Se ela e James caíssem nas mãos deles...
Não haveria escapatória. Iriam desejar estar mortos.
Por sorte, o trecho de terra onde ela encontrou James estava úmido o suficiente para deixar pegadas, mas não tinha chovido ou nevado recentemente. O resto do chão da montanha estava seco, coberto por camadas de grama e folhas caídas. Depois que ela levantou James e saiu da margem do rio, só pisou na grama seca. Com sorte, não deixou mais rastros para trás.
Perto da caverna, algumas árvores de juá selvagem estavam sem folhas.
A princípio, ela pensou em encher a entrada da caverna com grama seca, para camuflar.
Mas o chão ao redor era só pedra e terra. Um monte de grama ia chamar ainda mais atenção. No fim, decidiu usar pedras para bloquear a entrada.
Havia muitas pedras espalhadas por perto. A entrada da caverna era pequena, o que ajudou. Cerrou os dentes, arrastou algumas pedras maiores e empilhou para formar uma barreira improvisada. Depois, dobrou alguns galhos das árvores de juá ao redor da pilha para dar uma cobertura extra.
Não ficou perfeito—mas à primeira vista, se misturava bem ao ambiente.
Ela rezou para que os homens não percebessem nada estranho.
“Droga!”
Passos estalaram do lado de fora da caverna pouco depois.
O coração de Lily disparou, subindo até a garganta.
As vozes xingavam e resmungavam, cada vez mais perto.
“O que diabos é isso?”
Ela congelou.
Nem respirava.
“Ai! Merda! Espinhos—esses malditos me furaram!”
Os galhos sem folhas das árvores de juá estavam cheios de espinhos. Os homens devem ter esbarrado neles.
Então veio o som de algo sendo chutado com força.
“Droga! Isso doeu! Vou te arrebentar!”
“Para de chutar! Tem espinho pra todo lado—se continuar, vai só se furar mais!”
“Deixa pra lá. Foco! Precisamos achar o James e aquela vadia. Vou arrancar o couro deles hoje à noite!”
Lily apertou as mãos contra o nariz e a boca, com tanto medo que nem piscava.
Os passos se aproximaram.
Ela ouviu o som de galhos sendo quebrados e afastados.
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