Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1153

Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.

— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?

— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.

Felipinho fez uma cara triste.

— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?

Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:

— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?

— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.

Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.

Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.

— Então, mamãe, casal bom é o casal original.

Luiza ficou sem palavras.

— Só fala bobagem. Não vou mais discutir com você, se apresse e termine o banho!

— Mamãe, na verdade, você devia dar uma chance para o papai, né?

Felipinho ainda queria continuar falando, mas Luiza já estava ficando impaciente com a insistência dele. Com o rosto sério, disse:

— Termine logo o banho e não fique muito tempo de molho na água, senão vai acabar pegando um resfriado.

Depois do banho, Luiza fez Felipinho se sentar em frente à penteadeira e começou a secar o cabelo dele com o secador.

Felipinho, na verdade, já estava exausto. Depois de brincar o dia todo, encostou a cabeça no ombro de Luiza e acabou adormecendo aos poucos.

Quando terminou de secar o cabelo, ele já estava dormindo.

Luiza olhou para o rostinho delicado e perfeito dele e, quanto mais olhava, mais encantada ficava. O pegou no colo e saiu do banheiro.

Miguel ainda estava na pequena sala de estar. Ao ver que Felipinho estava dormindo, perguntou:

— O Felipinho dormiu?

— Sim. — Luiza fez um gesto com o dedo pedindo silêncio, para que ele não falasse.

— Não vou embora. — Ele, que havia soltado a mão dela, a puxou de volta e a abraçou.

Apertando ela contra seu corpo esguio, ele falou com a voz rouca:

— Pelo nosso filho, não vamos continuar assim, está bem?

— Já combinamos o divórcio. Não vamos prolongar isso. — Ela recusou e tentou tirar as mãos dele novamente.

Miguel não queria soltá-la e, durante o empurra-empurra, os dois acabaram caindo no sofá.

Havia algumas caixas duras de presente sobre o sofá. Miguel, preocupado que ela se machucasse, se virou rapidamente ao cair, protegendo ela em seus braços, enquanto ele próprio sentiu as pontas das caixas nas costas.

Ele soltou um gemido baixo.

Luiza, protegida nos braços dele, ficou surpresa e levantou o olhar para ele.

— Você se machucou?

— Tem algumas caixas de presente aqui atrás. Está doendo... — Embora o sofá fosse bem macio, ainda doía bastante. Ele franziu a testa, com uma expressão de dor contida.

— Me deixe ver. — Luiza instintivamente se inclinou para ver as costas dele.