Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1174

Naquele momento, o responsável pelo parque também chegou. Ao ver que Luiza estava ferida, ele se curvou imediatamente e pediu desculpas, se comprometendo a arcar com todos os custos médicos.

Miguel, com o rosto frio, questionou:

— Por que uma bicicleta quebrada foi deixada aqui?

O responsável explicou que a bicicleta havia quebrado naquele dia e estava ali esperando para ser retirada, mas não foi possível fazer isso a tempo, e Luiza acabou se deparando com ela.

Miguel ignorou as explicações e, com a voz gélida, disse:

— Equipamentos quebrados não deveriam estar ao alcance dos visitantes. Isso é negligência.

Embora o que ele dissesse fosse verdade, Luiza sentia que também tinha responsabilidade pelo ocorrido. Se ela não tivesse subido na bicicleta, o acidente não teria acontecido.

Ela segurou a mão de Miguel e disse:

— Deixa para lá. Eles deixaram o equipamento ali sem intenção de causar problemas. A culpa não é só deles.

— Um equipamento quebrado, deixado sem supervisão, e ainda por cima em uma rampa? Isso é praticamente um convite para um acidente! — A voz de Miguel era fria e cortante.

O responsável, ao ouvir isso, ficou apavorado e imediatamente se curvou novamente, pedindo desculpas.

Luiza murmurou:

— Eu também tenho uma parcela de responsabilidade. Vamos deixar isso para lá. Viemos aqui para nos divertir, não para brigar.

Além disso, o responsável havia sido bastante atencioso, se comprometendo a cobrir todas as despesas médicas. Luiza achou que ele estava lidando com a situação da melhor forma possível.

Nesse momento, a ambulância chegou.

Miguel pediu para que os outros voltassem para casa; Eduardo acompanhou Felipinho, e os demais retornaram do jeito que vieram.

Ele, por outro lado, insistiu em ir na ambulância, segurando a mão de Luiza.

Luiza ficou um pouco desconfortável.

— Na verdade, você não precisava vir.

— Eu sou seu marido. Você se machucou, é claro que eu preciso ir ao hospital com você. Se surgir algum problema, eu preciso estar lá para assinar por você. — Respondeu Miguel.

— Você entende disso?

— Não foi você quem me ensinou? — Ele ergueu os olhos, e seus olhos negros refletiam uma pequena imagem dela. — Naquela vez nas montanhas de neve, quando eu machuquei a perna, foi você quem cuidou de mim. No primeiro dia de volta para casa, você me disse que eu devia manter a perna elevada ao deitar.

Parecendo lembrar daquela ocasião, Luiza se sentiu um pouco culpada e disse baixinho:

— Foi o Dr. Yago quem me disse isso.

Miguel notou o leve arrependimento no olhar dela e viu nisso um bom sinal. Ele continuou:

— Falando nisso, eu machuquei a perna mais de uma vez, sabia? Teve outra vez... — Enquanto falava, ele pousou a mão na própria coxa.

Luiza seguiu o olhar dele e se lembrou de outra ocasião, um acidente de carro. Durante o capotamento, ele a protegeu com o próprio corpo e acabou com a perna perfurada por estilhaços de vidro.

Ao se lembrar daquela cena sangrenta, ela não pôde deixar de fechar os olhos por um momento.

— Ficou assustada? — Miguel percebeu que os dedos dela tremiam e segurou sua mão de repente. — Não precisa ter medo, já passou.

A palma quente dele aquecia a mão gelada dela.