Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1175

O coração dela pareceu aquecer junto.

Talvez fosse porque agora estava machucada, com o coração mais frágil. Ou talvez tivesse se lembrado das vezes em que ele a salvou sem hesitar. Olhando para ele, com o olhar um pouco perdido, ela perguntou:

— A perna... Ficou com alguma sequela?

Ela nunca tinha perguntado isso a ele depois do acidente. Diziam que, quando a lesão era muito grave, a dor podia voltar nas trocas de estação.

Ao ver a preocupação no olhar dela, ele respondeu em voz baixa:

— Um pouco. O osso ficou meio deslocado.

— Dói no dia a dia? — Luiza perguntou imediatamente.

Ele esboçou um leve sorriso.

— Se eu ficar muito tempo em pé, talvez incomode um pouco.

— E na troca de estação? É como dizem na internet, que fica muito dolorido e desconfortável?

— Parece que não. — Olhando para o rosto delicado dela, ele sorriu e disse. — Talvez seja porque eu ainda sou jovem.

— Ainda é jovem? — Luiza não concordou com essa e retrucou sem pensar. — Você já tem 34 anos.

Ao mencionar a idade, Miguel a olhou com um toque de melancolia.

— Pois é, eu já tenho 34 anos. Divorciado a essa altura... Será que vou conseguir me casar de novo?

— Relaxa, você é bonito e rico, tem um monte de mulheres que gostam de você. Afinal, um homem maduro também atrai bastante, né?

Não sabia se era porque o clima estava descontraído, mas ela raramente fazia esse tipo de brincadeira com ele.

Miguel ficou um pouco surpreso e a observou fixamente nos olhos.

— E você, é do tipo que se atrairia por alguém como eu?

Luiza ficou sem reação, e só depois de um tempo respondeu:

— Lá vem você de novo.

— Gostar de você é algo que acontece sem querer. — A voz parecia casual, mas continha muitos sentimentos.

Luiza sentiu uma leve pontada no coração e respondeu:

— Acabamos de fazer as pazes, e você já vem com esse papo...

— Eu ainda não terminei! O que eu quis dizer é que, como você é o pai do Felipinho, nós vamos ter que manter contato por causa do menino. Então, podemos ser amigos...

— Tá bom, eu entendi. — Ele não se importou com as palavras dela e, ao contrário, estendeu a mão e deu uma leve bagunçada no cabelo dela.

Luiza levantou o rosto para olhar o rosto bonito dele.

— Quem disse que amigos podem bagunçar o cabelo?

— Não resisti, desculpa. — Miguel se desculpou, recolhendo a mão com uma expressão um pouco constrangida, como se tivesse cometido um erro.

Luiza olhou para aquele homem, que antes era tão orgulhoso e arrogante, e agora estava assim, humilde. Não teve coragem de repreendê-lo, sentindo um misto de compaixão e nostalgia.

Provavelmente cansada de esperar, Luiza acabou pegando no sono.

Miguel ficou observando-a em silêncio. Adormecida, sua expressão era serena e tranquila, como a de um gatinho fofinho.

O olhar de Miguel suavizou. Ele olhou para o tornozelo machucado dela.

Depois de aplicar gelo, o tornozelo tinha desinchado um pouco, mas ainda estava inchado, parecendo bastante grave.

Miguel sentiu o coração apertar de preocupação e continuou aplicando gelo no local...