Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1208

— Eu amo a mamãe. — Felipinho já estava muito cansado, e a voz se tornou confusa. Antes de adormecer, acrescentou. — E também amo o papai...

O coração de Luiza deu um salto. Quando olhou novamente para Felipinho, ele já estava profundamente adormecido.

"Crianças adormecem tão rápido", pensou ela.

Luiza suspirou suavemente e o carregou de volta ao quarto do hospital.

Melissa chegou novamente, desta vez trazendo o almoço. Sem perceber, já haviam se passado algumas horas.

Ao ver Felipinho nos braços de Luiza, Melissa perguntou:

— O Felipinho já dormiu?

— Sim. — Luiza respondeu, colocando Felipinho na cama e o cobrindo com cuidado.

Maria já havia recebido alta. Não era nada grave e, após 24 horas de observação, ela foi para casa descansar.

Agora, só restavam Luiza e Melissa no quarto do hospital.

Melissa colocou uma marmita térmica sobre o criado-mudo ao lado da cama de Felipinho e entregou outra para Luiza:

— Esse é o almoço. O chef de casa preparou. Leve para o Miguel, faça ele comer antes de descansar.

— Está bem. — Luiza pegou a marmita e, quando estava prestes a sair, se lembrou de algo. — Vovó...

— O que foi? — Melissa, que estava sentada ao lado da cama, olhando para o bisneto, se virou para Luiza ao ouvir o chamado.

Com o cabelo caindo levemente sobre o rosto, Luiza olhou para Melissa e disse:

— O Felipinho já está bem.

— Está bem? — Melissa não entendeu de imediato.

Luiza explicou:

— Hoje de manhã, o Felipinho foi falar com o Miguel. Ele contou algumas coisas para o menino, e depois disso, o Felipinho ficou bem.

— Você está dizendo que é sobre ele não querer fazer terapia?

— Sim. — Luiza assentiu. — Miguel o tranquilizou. Eu percebi que ele está muito melhor.

— Que bom. — Melissa concordou com um aceno de cabeça.

O ambiente de repente ficou estranho. As duas trocaram um olhar, e Melissa perguntou suavemente:

Ela também tinha medo. Medo de não ser mais capaz de amar ninguém.

Quando chegou ao quarto de Miguel, ele estava sentado na cama, recostado, lendo alguns documentos. A roupa do hospital estava jogada sobre os ombros, o que lhe dava uma aparência frágil e despreocupada.

Luiza imediatamente franziu o cenho.

— Está tão doente e não consegue descansar um pouco?

— Eu só estou lendo, não preciso escrever nada. — Ele lançou um olhar frio para ela e voltou sua atenção aos documentos.

A agulha da medicação intravenosa ainda estava presa na mão dele.

Luiza ficou irritada. Foi até ele e tirou os papéis de suas mãos.

— Você ainda está recebendo soro. Descanse e pare de trabalhar.

Ele não ficou bravo. Apenas a observou em silêncio e perguntou com um leve sorriso:

— Por que voltou? Estava com saudade de mim?

— Claro que não! — Luiza negou imediatamente. — A vovó pediu que eu trouxesse o almoço para você.