Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1210

Os cílios de Luiza tremularam levemente enquanto ela o olhava, sem saber exatamente o que dizer. Ela apenas murmurou:

— De novo esse assunto?

— Se eu não falar, como você vai entender o que eu penso? — Miguel respondeu com um sorriso tranquilo, mantendo os olhos fixos nela.

Luiza suspirou, um tanto desconcertada. Estava prestes a encerrar a conversa, mas, de repente, uma cena invadiu sua mente.

Ele estava coberto de sangue, segurando Felipinho nos braços. Com o rosto pálido e um olhar exausto, ele parou diante dela e disse, com uma voz fraca:

— Eu trouxe o Felipinho de volta para você.

Seu coração deu um salto, e ela imediatamente virou o rosto para olhá-lo.

Miguel a observava com um olhar profundo e intenso.

Luiza ficou sem palavras. Antes que pudesse raciocinar, as palavras simplesmente escaparam de sua boca:

— Você está falando sério?

Assim que terminou de falar, se arrependeu imediatamente. Queria se culpar por ter sido tão impulsiva.

Enquanto ainda estava presa em seus pensamentos, Miguel estendeu a mão de repente e segurou delicadamente a dela.

Luiza ficou paralisada por um instante, mas logo foi puxada para mais perto dele.

Ele a encarava com uma expressão séria e, com a voz firme, declarou:

— Estou falando sério. Quero ficar com você, de verdade.

Uma corda invisível em seu coração pareceu vibrar suavemente.

Ela ergueu o olhar, encarando os olhos profundos de Miguel. Então ele disse, com uma intensidade que derreteu suas últimas defesas:

— Luiza, eu te amo.

O coração de Luiza entrou em tumulto. No instante seguinte, ele a puxou para si e a beijou.

Ela ficou atordoada, e, antes que pudesse reagir, os braços dele envolveram sua cintura, aprofundando o beijo. Era um beijo quente, intenso, repleto de paixão.

Ela quis resistir, mas sua mente ficou confusa sob a força daquele momento. No meio de toda aquela tempestade de emoções, algo a fez lembrar. Colocando as mãos nos ombros dele, disse:

— Me solta... Você ainda está machucado.

Miguel, obediente, a soltou, mas seus olhos brilhavam de emoção. Com um sorriso suave, ele respondeu:

— Luiza, nunca mais vou deixar você ir embora.

Ela corou imediatamente.

— Talvez? — Miguel arqueou as sobrancelhas, provocador. — Esse tom de incerteza significa que você não quer realmente me ver?

— Claro que não. É só que eu também preciso cuidar do nosso filho.

— Traga ele para cá. Nós podemos dividir o quarto.

— Isso não vai acontecer. — Luiza respondeu com um sorriso.

— Por quê?

— Ele não está ferido. Depois de 24 horas de observação, ele vai receber alta. É provável que ele vá para casa em breve.

— Você vai levá-lo para casa? — Miguel perguntou, pensativo.

Luiza assentiu.

— Claro. Ele é nosso filho. Quer que eu o deixe aqui para ficar com você?

— O quê? — Miguel percebeu algo na frase dela e, com um sorriso malicioso, perguntou. — Ele é o quê nosso?

Luiza percebeu que ele estava brincando e deu um leve tapa no peito dele.

— Pare com isso. De qualquer forma, eu vou levá-lo para casa. Você fique aqui e descanse.