Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1216

No dia seguinte, uma notícia bombástica abalou as Américas: "O principal suspeito no caso de tráfico de armas, Theo, havia se suicidado na prisão!"

No entanto, o mais estranho era que, naquela mesma noite, houve uma queda de energia na prisão que durou uma hora. Os sistemas de vigilância pararam de funcionar, os guardas, por algum descuido, acabaram adormecendo, e Theo, de alguma forma, encontrou uma corrente de ferro e se enforcou no estrado da cama.

Os rumores afirmavam que ele temia ser julgado e, por isso, tirou a própria vida.

Mas qualquer pessoa com um pouco de discernimento sabia que essa não era a verdade.

Theo havia sido assassinado.

Quem estava por trás do assassinato subornou toda a prisão para garantir que ele fosse morto naquela noite. Assim, ele se tornaria o bode expiatório do caso de tráfico de armas, encerrando o caso em silêncio.

Quanto ao que realmente aconteceu naquela noite, ninguém sabia...

Naquele momento, na mansão da família Amorim, todos estavam na sala de estar, assistindo às notícias sobre a morte de Theo. A atmosfera era silenciosa, pesada. Ninguém dizia uma palavra.

Não se sabia quanto tempo se passou até que o celular de Francisco começou a tocar.

— Alô. — A voz de Francisco rompeu o silêncio.

A pessoa do outro lado da linha falou algumas palavras, e ele respondeu com um leve aceno de cabeça:

— Entendido. Vou partir para as Américas imediatamente.

Ao ouvir isso, todos na sala voltaram seus olhares para Francisco.

Com uma expressão séria, ele anunciou:

— O Theo se suicidou na prisão. Agora, o Grupo Pires está sem ninguém no comando, e os acionistas da diretoria pediram que eu voltasse.

No canto da sala, Priscila apertou os punhos com força ao ouvir isso e, incapaz de se conter, falou:

— Eles traíram você no passado, e agora você ainda vai ajudá-los? — Francisco não respondeu, então Priscila continuou. — Eles só estão pedindo sua ajuda porque enfrentaram algo que não conseguem resolver sozinhos. Se você voltar agora, só vai acabar lidando com os problemas que eles mesmos criaram!

Francisco lançou a ela um olhar, surpreso com o fato de Priscila se importar com ele. Então, sorriu levemente e respondeu:

— Não importa o que tenha acontecido, essa é a empresa do meu pai. Está na hora de eu voltar e ver como estão as coisas.

Quanto aos acionistas que o haviam traído, ele não tinha intenção de perdoá-los.

Maria, de repente, ficou triste, e seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

— Papai, você pode me levar com você?

Instintivamente, Francisco olhou para Priscila.

Ao ver a filha chorando, Priscila sentiu um aperto no coração. Se aproximou e pegou Maria nos braços.

— Minha boba, seu pai está indo para resolver assuntos importantes. Não é que ele não vá voltar. Quando tiver tempo, ele virá visitar você.

— Mas eu não quero que o papai vá embora... — Maria começou a chorar ainda mais.

Priscila a apertou nos braços e disse ao Francisco:

— Tenha cuidado no caminho.

Os dois ficaram na porta, observando enquanto o carro de Francisco partia, até que finalmente ele desapareceu de vista.

Na sala de estar, os outros observavam a cena, todos com uma sensação de desconforto e melancolia diante do que haviam acabado de testemunhar.