Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 124

- Já lhe disse que não foi isso, fui lá sem convite e então encontrei Theo, que me levou para dentro.

Miguel não disse nada, mas seus movimentos ao aplicar o medicamento se tornaram visivelmente mais gentis, uma ternura que nem ele percebeu.

- Um homem como ele não é adequado para você.

- Ele é muito bom. - Luiza não gostava de ouvir falarem mal de Theo e o defendeu. - Com o que aconteceu esta noite, ele ficou ao meu lado. Quando entrou no quarto, questionou Bruna e acreditou em mim completamente.

- Isso é porque ele quer te conquistar! - Os movimentos de Miguel se tornaram mais bruscos novamente.

Luiza gritou de dor e franziu a testa.

Miguel olhou para a ferida dela, viu que não era nada sério, e sua expressão voltou ao normal, dizendo calmamente:

- Ninguém é bom sem um motivo para alguém.

- Acho que você simplesmente não gosta dele.

- Não gostar dele é anormal? - Miguel murmurou. - Com uma cara de quem não é confiável, sabendo que você é casada e ainda assim dando em cima, se isso não é ser um canalha, o que seria?

Luiza ficou sem palavras.

Ela percebeu que Miguel realmente tinha uma língua afiada. De repente, ele segurou seu braço delicadamente e advertiu em voz baixa:

- Não permitirei que você continue se encontrando com ele.

- Por que você me proíbe? - Ela desafiou.

Os olhos de Miguel eram profundos, ele disse em um tom baixo:

- Se quer ser enganada por ele, vá em frente.

- Ele não é nojento como você diz.

A força com que Miguel segurava sua mão se intensificou, e seu tom se tornou frio e sombrio, ele murmurou:

- Só uma mulher tola como você acreditaria nele.

- Por que você tem que me ver com maus olhos? - As mãos dela doíam por ele estar apertando, e lágrimas começaram a escorrer. - Sempre é assim, mesmo que meu pai tenha te enganado, eu sou sua esposa. Nestes dois anos, me dediquei totalmente a você, nunca disse nada para te machucar, mas você, você age como se me desprezasse, sempre com ironias, sou realmente tão ruim assim?

Sem conseguir se soltar, ela bateu no peito dele, que não se mexeu, segurando ela firmemente, deixando ela ficar em seus braços.

Luiza, frustrada, enxugou suas lágrimas em sua camisa, e mordeu seu peito.

Seus dentes afiados deixaram uma marca de mordida sangrenta através do tecido em seu peito.

Miguel deu um grunhido abafado, mas não a empurrou para longe.

Por outro lado, Luiza ficou surpresa, ele era tolo? Ser mordido assim e não a empurrar?

Levantou seus olhos, embaçados de lágrimas, para olhá-lo, ele com os lábios apertados, sua expressão sombria.

- Mesmo que você esteja disposta a ser enganada, eu não permitirei.

Luiza ficou surpresa.

Ele continuou:

- Você é minha mulher, não permitirei que ninguém te machuque.