Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 125

- Já nos divorciamos. - Ela não pôde deixar de contestar.

Miguel olhou para ela.

- Divorciada ou não, você ainda é minha mulher.

Essa frase, autoritária porém incontestável.

Luiza ficou atônita, sem compreender o que ele realmente queria dizer.

Será que isso significava que ele ainda tinha sentimentos por ela?

Perdida em seus pensamentos, a voz de Fabiano ecoou do andar de baixo:

- Miguel, estou à sua procura, desça.

Fabiano se dirigiu até o pátio e parou no primeiro andar, chamando em voz alta.

Ao ouvir sua voz, o semblante antes sereno de Miguel endureceu; ele soltou Luiza.

- Descanse um pouco.

Luiza, sentindo a tensão no ar, temeu que algo ruim estivesse prestes a acontecer e segurou a bainha da camisa dele.

- O que você vai fazer?

- Não se preocupe, apenas descanse.

Miguel soltou sua mão e a cobriu com o cobertor.

Então, saiu.

Os olhos de Luiza ainda estavam úmidos, temendo pelo que poderia acontecer, ela correu para a varanda, apesar da dor nos pés.

Miguel saiu ao pátio e acertou Fabiano com um soco no rosto.

Fabiano, pego de surpresa, recuou vários passos, a boca sangrando.

Ele cuspiu sangue, olhando com incredulidade para Miguel.

- Miguel, por que você me bateu?

- Não quero que você se aproxime dela de novo. - Miguel se posicionou no centro do pátio, com um olhar frio como o gelo, exalando uma aura ameaçadora.

Luiza observava da varanda.

Era raro Miguel recorrer à violência, mas agora havia agredido Fabiano por causa dela.

Ela estava chocada.

Não imaginava que Miguel agrediria seu próprio irmão, especialmente considerando que, como Dr. Yago havia dito, Fabiano admirava Miguel desde criança, gostava de segui-lo e voluntariamente se tornou seu subordinado.

Aos olhos deles, Fabiano era quase um irmão menor.

Miguel soltou uma risada fria e, de repente, lançou Fabiano para o lado, voltando para a casa.

Fabiano, finalmente livre, se levantou tentando seguir Miguel, mas ele já tinha entrado e fechado a porta.

- Abra a porta! - Fabiano bateu com força.

Do outro lado, Miguel subia para o segundo andar, o ignorando completamente, sua aura mais sombria do que nunca.

Fabiano, temendo por Luiza, correu de volta para o pátio e disse a ela:

- Miguel subiu, tranque a porta rápido, não deixe que ele te machuque.

Luiza, com os olhos arregalados, se perguntava como as coisas tinham chegado a esse ponto.

Mas não ousou hesitar, mancando até a porta para trancá-la, a despeito da dor.

Nesse instante, Miguel já estava do lado de fora.

Luiza, assustada, fechou a porta às pressas.

Mas a porta não se fechou completamente, pois Miguel a bloqueou com a mão e, com um empurrão, abriu ela.

Luiza recuou dois passos, assustada.

Naquele momento, seu rosto estava sombrio, emanando uma aura tão ameaçadora quanto a de um demônio.