Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 305

Mas a expressão de Helena era extremamente fria.

Clara lhe dirigiu um sorriso e, sob o olhar atento de todos, ergueu a cabeça e caminhou em direção a Helena.

- Mãe! - Percebendo que o momento auspicioso estava quase passando, Clara rapidamente disse a Dora, que a seguia. - Podemos iniciar o casamento agora.

Ela olhou para Helena com respeito.

Helena a interrompeu e anunciou ao público:

- Não será necessário. Hoje não haverá casamento, apenas a celebração de um aniversário.

O rosto de Clara ficou pálido,

- Por quê?

Laura ficou perplexa ao ouvir aquilo e correu apressadamente para perguntar:

- Helena, o que você quer dizer com isso? Não havíamos concordado ontem que hoje seria realizado o casamento dos jovens?

Ao ouvir isso, Clara começou a chorar instantaneamente.

Laura, movida pela compaixão, se aproximou para enxugar suas lágrimas.

Clara, se agarrando às pernas de Laura, chorou compulsivamente.

Isso pressionava Helena, dando a impressão de que a família Souza estava manipulando a situação, alternando entre permitir e proibir o casamento, o que soava como uma brincadeira cruel.

- Helena, como você pôde fazer isso? Antes, você disse que o Miguel se casaria com nossa Clara, agora diz que não quer mais. Afinal, por quê? Laura elevou a voz, parecendo perplexa.

Todos ao redor esticaram o pescoço para acompanhar o desenrolar da situação.

Helena lançou um olhar gélido para Laura.

Inicialmente, ela pretendia poupar Clara, levando em consideração o cuidado que ela teve no hospital, pensando em resolver a questão de forma privada mais tarde.

No entanto, não esperava que Laura fosse tão insistente.

Frustrada, Helena jogou os documentos no rosto de Clara.

- A criança na barriga da sua filha não é do Miguel. Como você espera que o Miguel se case com ela?

Ao ouvir isso, o local ficou em alvoroço.

- Nunca mentiria? Que piada! - Uma voz forte ecoou do fundo da multidão.

Todos se viraram.

O Sr. Souza estava lá, apoiado em sua bengala, com os cabelos embranquecidos pelo tempo.

No entanto, seu espírito vivaz mantinha uma presença imponente.

Ao avistar o Sr. Souza, o rosto de Helena endureceu um pouco.

Ela havia organizado o casamento às escondidas do Sr. Souza, se sentindo um tanto culpada.

O Sr. Souza lançou a ela um olhar sereno, sem proferir uma palavra, desviando então seu olhar para o rosto de Clara.

- No mês passado, você insistia incessantemente que seu filho era do Miguel, pedindo minha permissão para ser aceita. Há alguns dias, minha nora Helena ligou, falando a seu favor, elogiando você como uma boa criança, bondosa e obediente, mas eu nunca acreditei na sua índole. Porque há mais de uma década, quando você tinha apenas 15 anos, você sabia como ir até o quarto do Miguel para seduzi-lo. Eu vi com meus próprios olhos você evitando os olhares dos outros e entrando no quarto do Miguel. Mais tarde, eu entrei também e você me disse que havia sido enganada por seus colegas de classe, que foi trancada no quarto do Miguel. Desde aquele momento, entendi que você era uma mulher cheia de mentiras.

Clara sentiu seu rosto ruborizar e balançou a cabeça, tentando se defender com todas as suas forças:

- Sr. Souza, eu realmente não fiz isso. Naquele ano, fui enganada pelos meus colegas, foram eles que se uniram e me enviaram ao quarto do Miguel; não foi por minha própria vontade.