Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 328

Após o café da manhã, Lívia preparou uma garrafa térmica de sopa para si mesma, enquanto Luiza a acompanhava até o hospital.

Chegando lá, Luiza pressionou o botão do elevador.

Contudo, o hospital se encontrava extremamente movimentado naquela manhã, impedindo ela de utilizar um dos dois elevadores disponíveis.

Após refletir, optou por se dirigir a um elevador mais afastado.

Esse elevador, embora vazio, ficava a uma distância maior, exigindo a travessia de um corredor.

Durante o trajeto pelo corredor, Luiza subitamente escutou uma voz conhecida:

- Dr. Raul, ainda há esperança para o meu filho?

Era Clara!

Instintivamente, Luiza parou, seu coração pulsava descontroladamente.

Dr. Raul respondeu:

- Srta. Clara, infelizmente, não há mais o que possamos fazer. Nas últimas duas semanas, você realizou dois ultrassons, e ambos indicaram que o desenvolvimento do feto cessou. Seu filho já... - Sem concluir a frase, prosseguiu. - Certamente, você notou os frequentes sangramentos e dores abdominais. Recomendo que realize a cirurgia o quanto antes; postergar apenas prejudicará sua saúde.

Clara permaneceu em silêncio.

Entretanto, o coração de Luiza acelerou ainda mais.

Então o filho da Clara tinha falecido havia quinze dias?

Justamente antes do aniversário de sua sogra...

Seus olhos percorreram rapidamente o ambiente, e ela se recordou do insistente pedido da Clara para se encontrarem na Quinta do Lago na véspera.

Teria sido intencional?

Consciente do problema com o filho, Clara buscava uma desculpa para atribuir a culpa a Luiza?

Quanto mais Luiza refletia, mais apavorada se sentia.

Não era à toa que Clara desejava vê-la, e o comportamento da Clara lhe parecia tão peculiar.

Seu filho era um tesouro, que ela deveria proteger a todo custo.

Então, por que Clara se ajoelharia do lado de fora da Quinta do Lago?

Luiza permaneceu do lado de fora, sem coragem para olhar para dentro, se limitando a pegar seu celular, ativar a câmera e fotografar as pessoas no corredor.

Após capturar a foto, ela observou e, de fato, identificou Clara e um médico!

Seu coração quase saltou do peito.

Ao vê-la, Helena franziu ligeiramente a testa:

- Você voltou da Vila das Nuvens?

Embora agora detestasse Clara, seu olhar para Luiza permanecia indiferente.

Luiza acenou com a cabeça, em sinal de educação.

Helena perguntou:

- Foi o Miguel quem a trouxe de volta?

- Sim.

- Ele é insensato. - Helena murmurou friamente, como se preferisse não vê-la, e inquiriu. - Por que você está neste hospital?

- Meu pai foi liberado; vim visitá-lo. - Luiza ainda mantinha seu respeito pelos mais velhos.

- Foi Miguel quem conseguiu a liberação do seu pai?

Luiza abaixou a cabeça, ansiando que Helena concluísse rapidamente e se retirasse, pois, embora não fosse uma sogra amável, nunca a havia prejudicado.

Se podia dizer que simplesmente não existia afinidade entre sogra e nora.