Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 564

O cheiro forte de sangue permeava o ar.

Luiza parecia cansada de morder e o soltou, com um tom de voz indiferente:

- Saia!

- Desculpe, se eu soubesse que naquele dia você cairia, eu não teria assinado o consentimento para a cirurgia. - Disse Miguel com um olhar de culpa.

Luiza riu friamente.

- Saia.

Se pudesse voltar no tempo, naquela noite, ela definitivamente não pediria ajuda ao Miguel.

Ela preferiria ir ao hospital sozinha, ser informada sobre a placenta prévia e então cuidar bem de si mesma, proteger seu filho, ao invés de Miguel descobrir e o bebê simplesmente desaparecer...

Seu filho estava perdido, seu coração estava como cinzas, ela não queria mais ver Miguel.

Miguel sabia que ela não o perdoaria tão cedo. Ele saiu e chamou o médico para examinar Luiza.

Até Yago foi chamado.

Luiza não estava muito cooperativa, se enrolou na cama e virou de costas.

- Você não precisa me examinar, e eu não quero fazer nenhum exame.

Ela fechou os olhos, esperando nunca mais acordar.

Yago não conseguiu a confortar e saiu da sala de enfermaria suspirando.

Miguel estava do lado de fora, sem dormir por três dias seguidos, cuidando de Luiza no hospital. Seus olhos estavam cheios de olheiras, seu rosto estava exausto.

Yago se aproximou dele e disse:

- Você não dorme há três dias. Volte e descanse um pouco.

- Como ela está? - Miguel virou a cabeça para perguntar a ele.

Yago disse:

- Ela não está bem emocionalmente agora e não está cooperando muito. Sugiro que você volte para descansar e deixe alguém em quem ela confie cuidar dela.

- Alguém em quem ela confie?

Miguel repetiu essas palavras. A primeira coisa que veio à mente foram Bryan e Marina.

Ele primeiro entrou em contato com Marina para vir ao hospital fazer companhia a Luiza, e então pediu a Eduardo para dirigir até a clínica para ver Bryan pessoalmente.

Bryan estava jogando xadrez com seus amigos, com um sorriso no rosto.

Tendo perdido a memória, ele parecia despreocupado.

Entre o punir ou o deixar ir, Miguel ficou indeciso esses dias.

Ele queria o perdoar, mas sentia que seu pai morreu injustamente.

Ela correu de volta para pegar suas roupas.

O rosto bonito de Geraldo ficou sério.

- Eu te disse, não corra enquanto está grávida.

Marina pensou no bebê que Lulu havia perdido e diminuiu a velocidade, respondendo:

- Entendi.

Depois de se arrumar, ela desceu as escadas e viu Geraldo sentado no sofá, suas pernas longas cruzadas, nobre como um deus.

- O que você está fazendo aqui? - Marina perguntou a ele.

- Vou te levar lá e te dizer uma coisa.

Geraldo se aproximou, segurando a mão delicada dela.

A palma quente queimou a dela.

Marina ficou surpresa por um momento.

- Você pode me levar até lá, mas por que está segurando minha mão?

- Você é tão desajeitada, até tropeça enquanto anda.

Geraldo sorriu levemente e segurou a mão dela enquanto saíam da mansão e entravam no carro.