Sepultando Nosso Amor com Minha Morte romance Capítulo 127

Dora imediatamente deu um passo para trás, abaixou ainda mais o boné de beisebol que usava e ajustou a máscara que cobria seu rosto, deixando-o oculto.

Ela sabia que, ao ver seu rosto, a família Rocha não poderia evitar de ser emocionalmente afetada, lembrando-se de sua filha desafortunada, Mirela.

Por isso, Dora fazia questão de usar sempre o boné e a máscara ao encontrá-los, baixando a cabeça para minimizar sua presença.

Anderson notou imediatamente a silhueta frágil e lamentável escondida atrás de Rodolfo.

Talvez fosse a roupa preta que ela usava, que a fazia parecer tão magra e pequena, quase como se uma brisa pudesse levá-la.

Anderson desviou o olhar, olhando para seu pai: "Vamos entrar."

"Sim."

Hoje era mais um dia de audiência no caso de Mirela, e Dora já tinha comparecido ao tribunal várias vezes ao longo dos últimos cinco anos.

O advogado de defesa contratado pela outra parte era conhecido por sua língua afiada.

Apesar de os fatos serem claros, ele insistia que seus clientes estavam bêbados no momento dos fatos, com suas faculdades mentais comprometidas, alegando um erro cometido sob o efeito do álcool, sem intenção, e que estavam arrependidos e dispostos a mudar, merecendo uma pena mais leve.

Se a família Rocha insistisse em acusá-los de agir intencionalmente, então deveriam apresentar provas concretas dessa intenção; caso contrário, eles não admitiriam culpa.

Claramente, a defesa tinha trabalhado duro para explorar essa brecha.

A quantidade de álcool necessária para embriagar uma pessoa varia, e só o próprio indivíduo sabe se estava realmente bêbado ou fingindo.

Os outros só podiam especular.