Sepultando Nosso Amor com Minha Morte romance Capítulo 149

Ela não fez muita coisa, apenas arrumou o quarto, colocando um pequeno ramo de girassóis todos os dias.

Às vezes, quando Aline não estava fazendo exames no hospital, Dora deixava as flores na porta.

O dia da cirurgia de Aline foi marcado, a família Rocha contratou um dos médicos mais renomados na área de câncer de estômago. Após a cirurgia, ela também precisaria passar por quimioterapia.

No dia da cirurgia, os membros da família Rocha deixaram de lado seus afazeres para acompanhá-la. Aline já estava vestida com a roupa cirúrgica, deitada ali.

"Não se preocupe" - Gustavo segurava sua mão, mostrando um sorriso tranquilo.

"É apenas uma cirurgia simples, não tenha medo. Vai acabar rápido. Se você for corajosa, depois eu te levo para ver Mirela, tá bom? Você sabe que antes eu não queria que você visse Mirela." - Ele a consolava como se falasse com uma criança.

No primeiro ano após a morte de Mirela, Aline ia quase todos os dias ao cemitério. Apenas de olhar para o túmulo de Mirela, ela chorava incontrolavelmente, chegando a desmaiar várias vezes. Desde então, a família Rocha a impedia de ir ao cemitério com frequência.

Ao ouvir que poderia visitar a filha, um brilho passou pelos olhos de Aline, e ela assentiu com a cabeça.

Gustavo continha a amargura em seu coração e apertou mais forte a mão dela: "Eu estarei te esperando aqui fora, depois de uma soneca, você vai se sentir melhor. Anderson estará aqui também de madrugada."

Lembrando-se de algo, Gustavo tirou do bolso um girassol, um girassol branco cremoso, com pétalas de um amarelo mais suave que as da variedade comum.

Dora havia trazido ontem, e por algum motivo, antes de sair do quarto do hospital, ele pegou uma flor e a guardou no bolso.

Colocando o girassol nas mãos de Aline, Gustavo continuou: "E Mirela... Eu e as crianças estaremos aqui fora esperando você."

Aline assentiu firmemente.

A enfermeira a levou para dentro, e o médico também já estava pronto. Antes de entrar, ele disse a Gustavo:

"Senhor Rocha, fique tranquilo."

Gustavo acenou com a cabeça: "Obrigado pelo seu trabalho."