Sepultando Nosso Amor com Minha Morte romance Capítulo 197

"Desaparecida?" Célio e Dora trocaram olhares, a simples menção dessa palavra já sugerindo que a situação era complicada.

"Tem certeza de que é um desaparecimento?"

"Irina é apenas uma estudante universitária comum, como Cecília mencionou, vinda do interior, não é filha de ricos. Como poderia ter desaparecido de repente?"

"É o que estão dizendo por aí..."

Realmente, havia algo suspeito.

"Os pais de Irina, ao perceberem que ela não havia voltado para casa por dois dias, imediatamente chamaram a polícia, mas conjecturaram que Irina poderia estar sob algum extremo psicológico, talvez passando por algo que a fez agir impulsivamente e fugir, além de outras suposições... Eles simplesmente não acreditavam que ela pudesse ter sido levada por alguém mal-intencionado."

"Não sei detalhes do que foi feito, só sei que Irina foi oficialmente listada como desaparecida e... depois disso, não houve mais notícias. Quando soube, fui visitar os pais de Irina, que estavam à beira da loucura."

Os dois idosos, perdidos em sua dor, variavam entre choro e riso, agarrando-se às mãos de Cecília e murmurando incessantemente quando a viam.

"Irina, você ainda está viva, está bem, eles não conseguiram te machucar..."

Eles repetiam palavras como essas, vez após outra.

Cecília, segurando uma xícara, abaixou a cabeça e falou lentamente: "Se nada de anormal aconteceu, Irina já não está mais entre nós, e isso tem a ver com... eles. Ao saber que os pais de Irina haviam enlouquecido, eu percebi que sou apenas uma pessoa comum, incapaz de enfrentá-los."

"Meus pais só têm a mim, e eu não posso deixá-los acabar como os pais de Irina, então enviei nossos quatro idosos de volta para o interior, e eu mesma deixei Porto Luzia, mantendo-me o mais distante possível deles."

Ela só desejava viver o restante de seus dias em paz.

Os pais de Irina sempre foram vistos como loucos pela vila, incapazes de aceitar o desaparecimento da filha, vivendo na ilusão de que ela havia sido morta, levando-os à loucura.

As pessoas não levavam a sério suas constantes divagações sobre a vida e a morte.

"..." Célio olhou seriamente.