Sarah
Não acredito que Aron realmente está me levando para terra, eu não consigo simplesmente acreditar.
Aron —esta muito pensativa, Evy.— diz me fazendo olhar seu rosto enquanto voa comigo em seus braços.
—esta mesmo me deixando ir embora? Ser livre e fazer o que eu quiser?— pergunto ainda incrédula.
Aron —sim, não posso mais prender você comigo, eu não aguentaria me apegar mais a sua presença na minha casa.— as palavras dele são frias, mas sinto em seu olhar outra coisa.
—se abrir comigo não mata.— falo e ele da um sorriso de canto.
Aron —acho que mataria meu ego de demônio.— suspiro brava com a resposta dele.
—pelo lado bom não irei mais ficar sendo ofendida, maltratada e não passarei fome. Pelo lado ruim, vou perder meu melhor professor de luta, não vou poder mais ver o Lou e não vou ser mais provocada por você— falo me sentindo estranha, é como se eu estivesse abandonando algo importante ao querer a liberdade.
Aron —vou sentir falta da sua teimosia em aceitar as coisas e talvez da sua mordida.— pera um pouco... Saudades da minha mordida?
—o que exatamente você sente quando mordo você?— pergunto curiosa.
Aron —me transmite prazer e desejo, é viciante de certa forma, não morda outras pessoas, elas podem querer sempre ser mordidas.
Abraço seu pescoço mais forte, está ficando frio.
—acha que consegue os convites para o casamento do Lion?— pergunto e a expressão dele muda, está séria.
Aron —vai voltar para o Lion, não é? Eu devia imaginar, vai ser sempre submissa a ele, não sabe como viver sozinha, já se acostumou em ter um dono.— essas palavras me machucam de um jeito inacreditável.
—eu não....— me solto dos braços dele e o empurro, sinto raiva e ódio, não me importo em agora estar caindo.
Uso meu poder para aparecer no chão, não consigo conter minhas lágrimas, talvez seja verdade, eu nunca fui livre, não sei se consigo ser.
Corro entre a grama verde sem parar, acho que me separei do Aron, pois não estou mais ouvindo o som de suas asas.
Eu o odeio, demônios só sabem machucar os outros... Eu só queria ver o Lion uma última vez pelo menos.
Acabo batendo em alguém enquanto corro, já estou na terra, mas estou completamente perdida.
Homem —deveria olhar por onde anda senhorita.— olho para cima depois de me levantar e vejo um anjo, sei disso pelas asas brancas dele e sua aparência angelical.
—eu sinto muito, eu....
Homem —Sarah? Você parece muito com a sua mãe.— fico sem entender tentando lembrar se conheço ele, mas nada vem a minha mente.
—como sabe meu nome?— pergunto me afastando um pouco.
Homem —devia ter me apresentado, claro que não ia lembrar de mim, a última vez que vi você era um bebezinho, meu nome é Serafim, fui amigo da sua mãe quando éramos novos.
—mesmo serafim que foi criado pelos avós da minha mãe?— pergunto pois a família materna da minha mãe e tudo anjo.
Serafim —sim, a última vez que te vi foi quando a Larah te levou para conhecer a vila quando tinha 1 ano de idade.
—não tem como lembrar disso.— falo e ele da com sorriso radiante.
Serafim —sei disso, estranho, nas minhas lembranças você tinha cabelo loiro e asas.— diz olhando para mim, pera aí, como ele percebeu que era eu? Só agora que notei que estou super diferente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sequestrada Por Um Demônio